O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) confirmou hoje (domingo) o fim da greve dos professores das universidades federais. Em Mato Grosso, a paralisação completou 4 meses sendo uma das maiores da história. A UFMT deve retomar as aulas esta semana. Ainda não está confirmado se haverá assembleia nesta segunda ou terça-feira.
O comando nacional de greve decidiu pela “suspensão unificada da greve nacional dos docentes” após “criteriosa avaliação do quadro das assembleias gerais”. O Terra informa que, apesar do fim da greve, o sindicato afirma que seguirá atuando “na defesa da reestruturação da carreira e na luta pela valorização e melhoria das condições de trabalho.
A principal cobrança dos professores foi reestruturar o plano de carreira e melhorias na infraestrutura das instituições. O governo federal apresentou duas propostas. Uma concedendo reajuste nos próximos três anos, além dos 4% previstos pela medida provisória e a reestruturação da carreira passando pela redução de 17 para 13 níveis. A categoria rejeitou expondo que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Ministério do Planejamento “foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015”, mas que, mesmo assim, “a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários”.
O sindicato também critiou o governo pela falta de uma proposta razoável para restruturação e a progressão de carreira; a gratificação por projetos institucionais e atividade de preceptoria; e os critérios para promoção de professores foram jogadas para frente, ficando sob a dependência da criação de grupos de trabalho.
Com a greve de 4 meses, a reitoria da UFMT previu, recentemente, que o calendário de aulas deve demorar até 3 anos para ser colocado em dia.