Centenas de alunos estão sem aulas, desde ontem, devido a greve dos professores municipais, bem como dos demais funcionários da prefeitura. Hoje o movimento ganhou força com mais profissionais da Educação aderindo. A secretaria de Educação informou, ao Só Notícias, que 12 escolas estão com adesão total, em 1 é parcial e 8 atendem normalmente. Aponta ainda que 10 creches estão sem atendimento, em 4 é parcial 30% e em 1 o funcionamento é normal.
O Centro Educacional (anexo a Unemat), por exemplo, com mais de 800 alunos, a escola Aleixo Schenatto, que tem 500 alunos, e Rodolfo Valter Kunze (Jardim Botânico) com mais de 280 são algumas onde não há aulas. Nas secretarias das escolas estão trabalhando alguns funcionários que fazem o atendimento. Além de professores, zeladoras, merendeiras, vigias, monitores, inspetores de alunos, secretárias e auxiliares administrativo também estão aderindo a greve por melhores salários e condições de trabalho.
Outras escolas optaram em não participar do movimento. É o caso da Jardim Paraíso onde estudam mais de mil alunos e há 70 funcionários em três períodos. Conforme a coordenadora, Solange Pereto Silva, foi uma decisão da maioria e as aulas estão sendo dadas normalmente. A rede municipal tem cerca de 14 mil alunos.
Uma assessora da Secretaria de Educação informou que a direção das escolas precisa enviar o comunicado de paralisação à secretaria (considerando que a lei determina 30% dos funcionários devem continuar trabalhando). Até ontem à tarde, algumas haviam feito encaminhamento. “Não é só avisar os alunos que não terá aulas, mas tem a questão dos ônibus para transporte e merenda que precisam ser suspensos” informou, ao Só Notícias.
Marli Petry, uma das diretoras do sindicato, mostrou indignação com funcionários que não foram trabalhar e não estão na concentração em frente à prefeitura. “Não adianta ficar em casa fazendo greve, deveriam estar aqui, junto com a gente colaborando pela causa”, declarou.
Conforme Só Notícias já informou, uma comissão formada por 30 servidores está reunida com o prefeito Juarez Costa, que deverá apresentar uma proposta formal de reposição salarial aos trabalhadores, bem como as demais reivindicações. A prefeitura propõe 4.11% de reposição salarial e diz estar no limite do que pode conceder. O sindicato quer 15% (de reposição e aumento).
A prefeitura tentou, na quarta-feira, barrar a greve, na Justiça. Mas o juiz Mario Machado não atendeu o pedido.
(Atualizada às 11h57)
