O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) apontou, agora há pouco, que os bloqueios nas rodovias federais (BRs-364 e 174) já começa a afetar a distribuição de combustíveis em Mato Grosso. Em nota, o sindicato informou que os tanques de armazenagem das distribuidoras locais estão com os estoques reduzidos.
Neste momento, o tráfego na 364 -principal rodovia que liga Mato Grosso a Mato Grosso do Sul- continua interditado (mais de 50 horas) sem previsão de liberação.
Muitos caminhões e carretas estão parados nas rodovias bloqueadas e não há previsão de descarregamento nos postos porque os índios radicalizaram e, desde ontem de manhã, não liberam a passagem. O diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares Junior, afirmou que o risco de desabastecimento de combustíveis no Estado existe. “Infelizmente, com esta situação, combustíveis não chegam e nem saem das distribuidoras”, disse, por meio da assessoria.
O gerente de vendas de distribuidora no Estado, Tadeu Ramos, relatou que até o estoque deve durar entre hoje e amanhã. Caso o bloqueio persista, muitos postos estarão sem produtos.
Conforme Só Notícias já informou, o bloqueio dos indígenas já dura mais de 50 horas. Na BR-364, o bloqueio acontece próximo a Serra de São Vicente, entre Cuiabá-Rondonópolis. Na BR-174, em Comodoro. Os índios tentam, desta forma, pressionar o governo contra da portaria 303 da Advocacia Geral da União (AGU), de 16 de julho, que permite intervenções do governo e remarcações de terras indígenas. A mobilização é a nível nacional.
Quem está de carro chega a Cuiabá ou Rondonópolis pela rodovia de acesso a Chapada dos Guimarães. Porém, nesta via estadual, o tráfego de caminhões é proibido.
O senador Pedro Taques cobrou, ontem, do ministro da Justiça, providências para o manifesto ser encerrado e a pista liberada. Mas, até agora, o problema continua.
Leia ainda
Índios radicalizam e não liberam rodovia Cuiabá-Rondonópolis