Um “raio-x” dos 1.277 quilômetros da BR-163, que liga Sinop a Santarém, no Pará, mostra que 58%, ou mais precisamente 742 quilômetros, deste trecho já estão pavimentados. Enquanto 26% (cerca de 326 quilômetros) estão na fase de terraplanagem. Já em outros 16%, ou 209 quilômetros, estão sem asfalto. Esta é a constatação de um estudo realizado pelo Conselho de Desenvolvimento do Norte de Mato Grosso (Codenorte), que Só Notícias teve acesso.
Pelo levantamento, saindo de Santarém quem estiver trafegando terá pela frente um trecho de 154,8 quilômetros de asfalto, 20,8 quilômetros de terraplanagem, 11,4 quilômetros de estrada velha e outros 28,7 km de terraplanagem até chegar a Rurópolis. Deste município até Trairão, é preciso percorrer 112,3 km de estrada velha, 30,4 km de asfalto, 13,6 km de terraplanagem e mais 15 de asfalto.
De Trairão a Caracol são percorridos 4,8 quilômetros de terraplanagem, 14,7 km de asfalto e outros longos 167,4 quilômetros que estão em obras de terraplanagem. De Caracol é preciso percorrer 8,1 km de asfalto e 64,6 km de estrada velha para chegar a Moraes de Almeida. Deste município até Novo Progresso são 69,6 km de asfalto. E de Novo Progresso a Alvorada mais 43,9 km de terraplanagem. Entre Alvorada e Castelo dos Sonhos outros 157,4 quilômetros de asfalto.
Mais adiante são 46,3 km de terraplanagem e outros 20,2 quilômetros de estrada velha até chegar a base aérea do Cachimbo (ainda no estado paraense). Do posto fiscal, na divisa entre Mato Grosso e Pará, no município de Guarantã do Norte até Sinop são 292 quilômetros que estão pavimentados.
O estudo revela ainda que os maiores trechos com asfalto contínuo estão entre Santarém a Rurópolis (154 quilômetros); Mil e Estada da Usina (157 quilômetros) e da Base aérea a Sinop (292 quilômetros). O maior trecho em terraplanagem está entre Caracol e Morais de Almeida (167 quilômetros). E o maior trecho que ainda tem pavimentação antiga é entre Rurópolis e a região conhecida como Trinta (112 quilômetros).
Ao todo, existe 54 pontes que estão em obras. Em outros cinco pontos é necessário a construção de uma. O levantamento avaliou a situação das pontes. 28% receberam nota 3; 26%, nota 4; 20%, nota 2; 17%, nota 1; 2%, nota 5 e 7% não foram avaliadas.
A rodovia federal em questão está em obras por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a previsão de conclusão é o final do próximo ano, segundo cálculos do ex-diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Pagot.