O comércio e a indústria demitiram 207 trabalhadores a mais, em março, em Lucas do Rio Verde. Juntas, contrataram 936 e mandaram embora 1.143 funcionários, confirma o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Só Notícias apurou que o cenário é oposto do analisado nos dois primeiros meses, quando o saldo na geração de empregos foi positivo.
De acordo com o Caged, o setor agrícola/pecuário dispensou 150 trabalhadores; no comércio foram 40 funcionários demitidos a mais; na construção civil 28; prestação de serviços, 26 trabalhadores. Apenas a indústria de transformação mantém saldo positivo, com 38 empregados a mais.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial (Acilve), Vilson Kirst, disse que o desempenho de março é preocupante. “Não tem o que justifica [o resultado de março]. Não houve fechamento de grandes empresas que ocorresse demissões em massa”, explicou, ao Só Notícias. Ainda segundo Kirst, a associação está preocupada com os próximos resultados, como o de abril, que ainda deverão ser lançados pelo Caged. “Esses resultados nos preocupam enquanto associação comercial, ainda mais agora com a segunda safra do milho, a safrinha, que apesar dos bons preços acredito que apenas 50% seja colhido, com certeza terá reflexos no comércio”, explicou. A economia luverdense tem sua base no agronegócio.
Em fevereiro, conforme Só Notícias informou, o saldo em Lucas foi positivo de 421 empregos gerados (1.328 admissões e 907 demissões) e, em janeiro, o resultado foi de 459 empregados a mais (1.297 contratações para 838 desligamentos).
Em março, a geração de empregos foi baixa para muitas cidades mato-grossenses, influenciando no resultado Estadual, que fechou com saldo de pouco mais de 2 mil trabalhadores demitidos de suas funções.