O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) se prepara para emitir a ordem de serviço para pavimentação de um novo trecho da BR-242 em Mato Grosso. As obras serão em quatro lotes e alcançarão 130 quilômetros inseridos entre a cidade de Nova Ubiratã até a rodovia MT-130, na localidade de "Postinho Santiago". Existem contratos com algumas empresas vencedoras da concorrência que precisam ser formalizados. Em outros o processo burocrático foi encerrado. O DNIT não confirmou se o órgão dará a ordem para as empreiteiras de uma só vez ou fracionadamente.
A continuidade dos serviços na rodovia elevará para três o número de trechos onde já existe asfalto. Até o momento, a pavimentação cobriu os 85 quilômetros de Sorriso e Nova Ubiratã bem como a área entre Querência e a BR-158. A BR-242 possui quase 600 quilômetros de extensão e seu asfaltamento ocorrerá em treze lotes. Os já pavimentados são o zero e o doze. A nova etapa, prestes a iniciar, corresponde aos lotes de um a quatro.
Nos próximos anos, os trabalhos na rodovia federal atingirão os lotes restantes: cinco a oito (Postinho Santiago-Gaúcha do Norte), nove a onze (Gaúcha do Norte-Querência). A elevação do tamanho da rodovia que ligará Sorriso e a BR-158, dando acesso ao Tocantins pela rodovia que chega a porto no Maranhão (Itaqui), deve-se aos estudos de viabilidade realizados pelo Exército.
O Plano Nacional de Viação (PNV) indicava que a distância entre a BR-163 e a 158 compreendia a extensão de 465 quilômetros. Por outro lado, os estudos técnicos evidenciaram a necessidade de aumentar em mais 122 quilômetros o trajeto, partindo de 465 para 587. Haverá necessidade ainda de construir três mil metros de pontes e não apenas 800, como anteriormente planejado.
O tamanho da rodovia sofrerá alteração porque o traçado sairá da área de abrangência das áreas indígenas da reserva do Xingu. Ou seja, ele desviará a estrada da Estação Ecológica do Romuro e da Floresta Nacional do Xingu, buscando coincidir a rodovia com as rodovias estaduais existentes no local, em especial a MT-324, além da busca pela minoração dos impactos ambientais, desenvolvendo o detalhamento por áreas já antropizadas (desmatadas).
Se os planos do Governo Federal para a BR-242 se confirmarem, a meta é que, já no ano que vem, todos os segmentos estejam contratados, devendo o DNIT emitir, posteriormente, as ordens de serviço, mediante disponibilidade de recursos. Estima-se que aproximadamente 500 quilômetros de estudos de viabilidade de asfaltamento já tenham sido preparados e, desse total, mais de 200 já contratados pelo DNIT.
Custos totais
Os custos universais da pavimentação podem chegar a R$ 600 milhões em razão do aumento das distâncias de transporte. Em alguns lotes, por exemplo, projeta-se gastar R$ 700 mil por quilômetro. No entanto, o valor poderá chegar a R$ 1 milhão devido às atualizações.