Os mais de 50 médicos do Hospital Regional de Sorriso, que atendem pacientes de 15 cidades do Nortão através do consórcio de municípios, suspenderam hoje consultas e cirurgias eletivas que estavam agendadas. O movimento é por tempo indeterminado. Os casos de urgência e emergência estão sendo atendidos. Os profissionais cobram do Consórcio de Saúde Teles Pires que seja cumprido acordo, firmado ano passado, para ser concedida reposição salarial de 20% e apontam que deveria ter sido concedida a partir de fevereiro deste ano.
O presidente do consórcio, Osmar Rosseto, prefeito de Nova Ubiratã, disse, ao Só Notícias, que vai tratar do assunto com o governo do Estado. “O consórcio não tem caixa. Os prefeitos se reuniram e manifestaram que não há condições de aumentar os repasses mensais para o consórcio (feito de acordo com a quantidade de moradores enviada para ser atendida)”, afirmou. “Esta reivindicação representará, para cada prefeitura, repassar 30% a mais do valor mensal porque é necessário considerar também os encargos”, emendou. O presidente disse que, antes de se reunir com os médicos, vai buscar uma saída com a secretaria estadual de Saúde. “O Estado paga o salário dos médicos e o consórcio faz uma complementação a título de incentivo de interiorização. Hoje, o consórcio repassa para cada médico cerca de R$ 5 mil mensais. Ano passado, houve aumento de 20% e, em 2005, foram 10%”, disse o presidente.
Ele admite que houve compromisso em conceder o reajuste este ano, mas aponta que a maioria das prefeituras está com dificuldades financeiras. “Vou levar o problema para o Estado. Todos temos obrigações. O hospital fez uma pactuação e deve ser feita outra para definir o que será atendido no hospital e esta questão de remuneração”.
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