A suspensão das cirurgias eletivas, fornecimento de passagens e de transportes de pacientes para tratamento médico em outros centros, com exceção dos casos de urgências e emergências, no hospital Albert Sabin, dever entrar em vigor a partir do dia 1º de maio (domingo). As medidas, anunciadas ontem à noite, em primeira mão por Só Notícias, serão colocadas em prática caso não o governo estadual mantenha suspenso repasse de R$ 107 mil, mensais, que não é feito desde janeiro. O déficit é de R$ 321 mil, que está comprometendo o funcionamento da unidade, cujo gasto mensal é de aproximadamente R$ 1 milhão.
Desde 2006 diversos alertas foram feitos a Secretaria Estadual, apontando que o município estava com problemas para manter o funcionamento do hospital. De acordo com o diretor da unidade, José Marcos, o secretário Pedro Henry reconheceu que o hospital tem um custo operacional menor do que outros hospitais públicos do mesmo porte.
Porém, conforme o diretor, os repasses não são suficientes. “Alta Floresta tem sido penalizada por estar recebendo valores menores do que muitos outros hospitais, o município administrou bem o recurso, mas Alta Floresta precisa da entrada de recursos para garantir o funcionamento do hospital”, destacou.
A expectativa é de que Estado libere o recurso e, até mesmo, aumente a parcela enquanto o hospital municipal não é estadualizado.
A unidade tem atendimento regional, aumentando o volume de recursos necessários para mantê-lo. Segundo um levantamento realizado, até o final do mês de março, foram atendidos 30.240 pacientes, sendo 17.783 em procedimentos e atos médicos ambulatoriais/emergenciais e 12.457 em exames hospitalares.
De acordo com a assessoria, “somente o pronto socorro recebeu neste período 5.265 pessoas, sendo o maior atendimento no mês de janeiro. O relatório também mostra que nestes três meses foram servidas 36.897 alimentações e dietas aos pacientes do Albert Sabin”.
Leia ainda
Hospital de Alta Floresta suspende parte dos atendimentos