Cerca de 15 casos de malária foram confirmados em Sinop, nos últimos 10 dias. A maioria no Jardim Primaveras, vizinho do parque florestal. A confirmação acaba de ser feita, em primeira mão, ao Só Notícias, pelo secretário Alberto Kinoshita. “Estamos acompanhando quase 15 casos na região do Parque Florestal. A vigilância epidemiológica está no local para verificar os focos. Na verdade precisamos achar o doente, ir na casa para saber quem é o portador da doença e fazer o tratamento”, afirmou. O número de casos cresceu muito nos últimos dias. Durante todo ano passado, por exemplo, a secretaria confirmou ter constatado que duas pessoas foram picadas pelo mosquito que transmite a malária.
Somente hoje, no posto de saúde do Jardim Primaveras foram atendidos cerca de cinco casos, que segundo o secretário, também já são de conhecimento da pasta. A partir de confirmada a doença, o paciente é encaminhado para o tratamento. “O paciente precisa fazer o tratamento que dura de 10 a 14 dias, tomando remédios para que seja totalmente curado”, explicou.
Os medicamentos, segundo Kinoshita, estão disponíveis e são oferecidos pelos postos e Secretaria de Saúde. “Nos casos de suspeitas ou confirmações, [os pacientes] devem procurar os postos, secretaria ou Pronto Atendimento para que seja feita a notificação e eles sejam tratados”, explicou. “Nas consultas em hospitais privados o médico ou o hosptial precisa notificar a secretaria para o paciente receber o medicamento”, afirmou. Segundo o secretário, o remédio apropriado para o tratamento desta doença dificilmente é encontrado nas farmácias.
Kinoshita explicou ainda que o número de casos confirmados, até o momento, não pode ser considerado epidemia. “Estamos em uma zona endêmica. É comum essa média de casos neste período, por isso temos que monitorar a região e fazer o tratamento do doente”, destacou. Entre os fatores que podem ter contribuído para a “proliferação” da malária e, que segundo o médico, deve ser analisada, é a passagem de pessoas de outras cidades por Sinop. “Estamos fazendo o comunicado aos médicos, pedindo mais atenção aos sintomas da malária, para fazer o devido acompanhamento desses pacientes”, acrescentou. Para eliminar a doença e evitar a proliferação, Kinoshita aponta ainda a necessidade do paciente que teve a doença confirmada concluir todo o tratamento.
A malária é uma doença infecciosa febril aguda. O principal sintoma é a febre. O doente começa sentir muito frio, seguido de fases de extremo calor. Estas febres são constantes, porém a periodicidade é irregular. Dores de cabeça, náuseas, hemorragias e fadiga também são sintomas.
(Atualizada às 15:36h)