O presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Arlan de Azevedo Ferreira, vistoriou, hoje, o Pronto Atendimento e o Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) de Sinop. No centro, foram encontradas várias irregularidades como falta de estrutura adequada, pois foi instalado em uma casa de madeira, “que não oferece condições adequadas para o funcionamento de uma unidade de saúde”. O CRM aponta que falta isolamento acústico para que haja uma consulta médica restrita, não há climatização adequada para pacientes e funcionários, as macas não têm proteção lateral. Já foi requisitada destinação de técnicos de enfermagem do sexo masculino, pois muitas vezes precisam lidar com pacientes mais agressivos, com agitação intensa onde é necessária força física.
No galpão onde é feita a recreação foi detectado irregularidade no piso, que não pode ser limpo adequadamente e também um paciente deitado, em colchonete, no chão. A inspeção no CAPS foi a pedido do Ministério Público Estadual. A unidade atende hoje cerca de 250 pacientes e, de acordo com Arlan, o Ministério da Saúde recomenda que um município do porte de Sinop deveria ter uma estrutura com Caps 2, que é um local que tem especialistas de cada área da psicoterapia, estrutura para atendimento, repouso do paciente, para se fazer medicação, farmácia com controle”. Tem CAPS 1, que é uma estrutura de atendimento parecida com a que se faz em Sinop, o CAPS AD (que atende dependentes de bebida alcoólica e de entorpecente), CAPS infantil e deveria atender 20% da população o que representa cerca de 20 mil pessoas.
Já a vistoria do Pronto Atendimento foi um procedimento de rotina. Mas o presidente afirmou que foram constatadas condições ruins no atendimento e “que colocam em risco os pacientes de urgência e emergência. Há superlotação, procedimentos sendo realizados desde o mais grave ao mais simples na mesma sala, pessoas sendo atendidas no corredores”. São problemas, segundo Arlan, que “poderiam ser resolvidos com organização interna separando os atendimentos. Também falta aparelho de tomografia e adequação no setor de radiologia, que está sucateado”. Em alguns equipamentos, foi colocada cadeira e em outro uma pequena escada. Tem algumas macas apoiadas em tijolos.
O presidente do CRM disse ainda que o secretário de Saúde, Alberto Kinoshita, está tentando regularizar a situação, porém, precisa de recursos financeiros para que o PA funcione de forma adequada. O presidente do CRM também disse que o Hospital Municipal de Sinop (cuja obra foi concluída no final de 2008) já deveria estar em funcionamento para dar suporte ao Pronto Atendimento.
O relatório que aponta as irregularidades será entregue ao Ministério Público Estadual, ao secretário de Saúde, Alberto Kinoshita e diretores técnicos do CAPS e do PA. Posteriormente, o Ministério Público emitirá as notificações do que deverá ser regularizado e em quanto tempo.
Outro lado:
A assessoria da prefeitura disse, ao Só Notícias, que o secretário Alberto Kinoshita, irá se manifestar sobre o assunto após o recebimento do relatório que aponta as irregularidades. No final de semana, em entrevista ao Só Notícias, o prefeito Juarez Costa confirmou que lança, na próxima 5ª feira, as obras da UPA – Unidade de Pronto Atendimento – na avenida Andre Maggi, para desafogar o atendimento no Pronto Atendimento, no centro da cidade, onde o CRM aponta superlotação.
(Atualizada às 09:48h em 26/7)
(Setor de Raio X do Pronto Atendimento)
(Setor de Raio X do Pronto Atendimento) 
(Setor de Raio X do Pronto Atendimento) 
(Sala do estar do Hospital Municipal)
( CAPS – Centro de Apoio Psicossocia)