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Morre Plínio Callegaro: veja última entrevista de pioneiro em Sinop

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Sinop perdeu nesta quinta-feira um de seus principais pioneiros: Plínio Callegaro, 67 anos, em decorrência de um infarto ocorrido em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Plínio visitava familiares quando passou mal e acabou não resistindo. O primeiro vereador de Sinop chegou ao município em 5 de junho de 1973 e começou a construir sua trajetória na atual maior cidade da região Norte. 

Em novembro, Plínio concedeu sua última entrevista e falou sobre sua trajetória. Só Notícias teve acesso ao conteúdo publicado pelo Grupo Sinop (Colonizadora Sinop).

Veja, a seguir, a íntegra do material.

Primeiro vereador 

35 anos separam um caminhão caçamba velho de um órgão federal. Tudo é Política!

Ao contrário do que muitos pensam, o homem que emprestou o seu nome para a praça central de Sinop continua vivo e cheio de histórias para contar. Plínio Calegaro, um senhor pacato e de voz tênue, chegou aos 60 anos de idade orgulhoso de ter contribuído para a fundação de uma cidade que ele chama de mais bela de todas. Ele ri e se diverte quando alguém lembra que a praça central carrega seu nome. O nome de um político vivo. Sui generis se comparado a muitas regiões brasileiras. É grato, mas não é exatamente com esta honraria que se envaidece.

Plínio é um pioneiro, designação dada aos ilustres que chegaram primeiro e participaram do processo de formação e desenvolvimento do município. Ele figurou, inclusive, como primeiro vereador eleito, e é a partir daí que costuma traçar paralelos e afirmar que Sinop é uma cidade diferente. “É a mais bela de todas”.

O político lembra e admite que sua única conquista como vereador foi um caminhão de lixo. “Era um caçamba velho”, ilustra ao traçar um panorama hoje, cuja representatividade de Sinop é bem maior e propícia para brigar por recursos e investimentos.

Ele aponta, sem citar valores ou méritos parlamentares, o quanto Sinop evoluiu nas conquistas políticas. Segundo ele, essas conquistas vão desde órgãos públicos como Ministério Público, Ministério do Trabalho, Agência Fazendária, Ibama, Polícia Federal até obras de infraestrutura que colocam o Município em patamar bastante elevado dentro do Estado de Mato Grosso e, principalmente, na Região Norte.

“Sinop sempre foi muito precoce. Conseguimos assistir TV por satélite muito antes que várias outras cidades já formadas. Nas várias vindas do presidente João Batista Figueiredo, organizamos os homens para pedir estradas e infraestrutura, e as mulheres para pedir concessão de rádio, TV e telefone. Ganhamos o último grampo disponível do satélite na época. Aqui tínhamos a Rádio Brás”.

Para exercer as funções de parlamentar, Plínio Calegaro tinha que viajar até a cidade de Chapada dos Guimarães, distante a mais de 500 quilômetros, pois na época, há 30 anos, Sinop tinha apenas 1050 eleitores e era distrito da cidade histórica de Chapada.

O processo de emancipação foi rápido, deu-se em 1974, quando o Estado desmembrava-se de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, que ficou com 26 municípios apenas. Para permanecer com a Capital Cuiabá em seu território, foi preciso emancipar mais Municípios.

Plínio faz, ainda, uma viagem longa, pelos mais diversos lugares, percorrendo vários assuntos, os mais inusitados possíveis, mas é na Rodovia BR-163 que prefere fazer uma parada especial. Mais demorada! Ele começa lá atrás, bem no início da história, de como Sinop surgiu e como tudo aconteceu.

E, segundos seus relatos, a Rodovia Federal que ainda estava em processo de abertura e não possuía um pedaço de asfalto sequer, era bastante conservada. Por volta de 1979 a 1980, o caminho que o levava a representar Sinop em Chapada dos Guimarães, sofreu a forte ação das chuvas e acabou sendo completamente danificada.

Ele admite que ultimamente, a Rodovia voltou a ganhar atenção dos órgãos competentes, mas também revela o quanto gostaria de vê-la completamente pavimentada até o Estado do Pará, onde o Porto de Santarém poderá viabilizar o escoamento de grãos, da pecuária e de vários outros segmentos da indústria.

“Se essa BR nos ligasse ao Pará, se tivéssemos um asfalto de qualidade até lá, Sinop, hoje, seria outra”, finaliza voltando a elogiar Sinop: “mas como a estrada não é apenas negócios, eu sempre falo que quando a gente viaja, quando passa da Serra para cá, parece que é outra visão,  e quando chega tem a certeza, não apenas de outra visão, mas de outra vida. Uma vida de qualidade para todos!”.

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