A CPMI no Congresso barrou, através da bancada de Dilma, a convocação do mato-grossense Luiz Pagot para esclarecer os pontos obscuros dos contratos da empreiteira Delta e o governo federal em dezenas de obras feitas nos Estados. Mas, esta noite, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa de Goiás (Estado do bicheiro Carlinhos Cachoeira e do ainda senador Demóstenes Torres), aprovou a convocação de Pagot. Agora, ele terá um palanque para falar tudo que gostaria na comissão “nacional” mas não conseguiu. Só dois parlamentares goianos foram contrários a Pagot prestar esclarecimento e, por “coincidência”, de partidos aliados do governo federal – Mauro Rubem (PT) e Daniel Vilela (PMDB).
A data que o ex-aliado de Lula e Dilma – que foi enxotado do DNIT acusado de irregularidades financeiras em obras- vai falar ainda não foi confirmada. Ele exercia o principal cargo político no governo federal representando Mato Grosso.
Desde que ouviu gravações que Cachoeira estaria envolvido na trama para derrubá-lo do DNIT, por supostamente não ter atendido pedidos escusos para favorecer a Delta, Pagot está com “sede de vingança” e já se ofereceu, dezenas de vezes, para depor na CPMI.
Hoje quem depôs na CPI da Assembleia de Goiás foi o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez acusado de intermediar a venda da casa do governador goiano, Marconi Perillo (PSDB), que também está enrolado em denúncias envolvendo Cachoeira. Uma delas é que teria recebido propina.