O Tribunal Regional Eleitoral está julgando, neste momento, a ação de investigação judicial eleitoral contra o governador Silval Barbosa (PMDB) que pede sua cassação. Neste momento (20:44h) está falando o relator da ação de investigação judicial eleitoral, desembargador Gerson Ferreira Paes. Ele disse que houve contradições nos depoimentos do então presidente da Empaer, Enock Santos, acusado de fazer memorando convocando servidores da empresa governamental para reunião política com Silval, na campanha de 2010, e de terem usado carros oficiais.
O advogado Paulo Taques, representante da coligação de Mauro Mendes, autoria da denúncia, fez a sustentação oral pedindo a condenação do governador. Ele mostrou um memorando feito por Enock convocando os servidores para a reunião. Taques sustentou que foram usados carros da empresa pública para o encontro partidário.
O advogado Francisco Faiad, que defende Silval, questionou o memorando apresentado por Taques e disse que trata-se de uma convocação para uma reunião administrativa entre o presidente da Empaer, gerente, entre demais servidores.
Helio de Oliveira defendeu o vice-governador Chico Daltro. Disse que ele não foi convidado nem participou da reunião com servidores da Empaer.
A procuradora Ana Paula sustentou o pedido do MP para cassar Silval e Chico. Disse que o então presidente da Empaer caiu em contradição, nos depoimentos, que não negou ter feito memorando e de ter dito que “trocou as palavras”. Ela também apontou que o dirigente da Empaer admitiu que errou nos termos ao se dirigir aos servidores. Ao invés de usar “convocamos” deveria ter colocado “convidamos” para reunião política.
A sessão iniciou às 18h, e foi interrompida por alguns minutos pelo presidente Rui Ramos, após integrantes da ONG Moral se manifestarem no tribunal. Eles pretendiam colocar uma faixa de protesto.
Silvar é acusado por suposto uso de servidores e de parte da estrutura da Empaer para obter benefícios durante a campanha. É provável que a corte não tome nenhuma decisão esta noite. “Existe a possibilidade de algum magistrado pedir vistas ao processo para melhor análise”, disse uma fonte de Só Notícias.
O Ministério Público se manifestou favorável ao pedido da coligação do então candidato a governador Mauro Mendes pela cassação do mandato de Silval.
A acusação é que o ex-presidente da Empaer Enock Alves enviou, durante a campanha, um memorando para funcionários da Empresa de Pesquisa, Asssistência e Extensão Rural pedindo que fossem a reunião com o governador que estava fazendo campanha pela reeleição.
Outro lado
Ontem, em Cuiabá, Silval disse que está tranquilo quanto a decisão do TRE. “Não houve “abuso de poder econômico”, rebateu. Ele evitou se aprofundar no assunto.
Em instantes, mais detalhes
(Atualizada às 20h52)