Está prevista para iniciar, nesta sexta-feira (25), às 7h, a sessão extraordinária para analisar e julgar o relatório da Comissão de Decoro, que investigou os vereadores Gerson Francio (Jaburu), Chagas Abrantes e Roseane Marques acusados de pedirem, ao prefeito, propina em troca de apoio político no legislativo.
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O vereador afastado Chagas Abrantes disse, em entrevista ao Só Notícias, que está tranquilo com a sessão de julgamento. “Para mim essa é um oportunidade de me defender, estou sendo vítima, pois as provas (áudio e imagens) são dos secretários oferecendo favores. Essa foi uma operação muito clara de destruir a imagem de homem puro que tenho em Sorriso e espero a absolvição, pois nunca mostraram um audio ou imagem minha”. Chagas, que presidiu o legisaltivo ano passado, também disse que nunca entrou na justiça contra a Comissão de Ética e que poderia ter pedido que anulassem as provas, mas não fez. Houve duas ações e uma delas o judiciário suspendeu a sessão da câmara, que seria em setembro. Na mais recente, não foi atendido pedido para anular as investigações feitas aos acusados.
A vereadora Roseane Marques voltou a alegar inocência. “Se pedirem minha cassação, entrego nas mãos de Deus”, declarou, ao Só Notícias, emocionada.
O presidente da câmara, Luiz Fábio Marchioro, disse, ao Só Notícias, que a previsão é que a sessão se estenda por todo o dia, pois será feita a leitura do relatório final que tem cerca de 80 páginas, após os vereadores que julgam terão 15 minutos para se pronunciar e os acusados ou seus advogados vão ter duas horas para se defenderem, finalizando com a votação.
Após ser apresentado o teor do relatório das investigações, os vereadores que julgarão devem responder se os acusados serão absolvidos, se vão receber pena alternativa, que é a suspensão temporária do mandato, ou se serão cassados. Cerca de 13 parlamentares devem votar, porém, os suplentes que estão ocupando as vagas dos 3 investigados afastados não podem votar nos respectivos processos.
Gerson (Jaburu), Chagas e Roseane foram presos, por decisão judicial, e estão afastados dos cargos. O Ministério Público e Judiciário receberam gravações de conversas de Jaburu pedindo dinheiro para votar a favor de projetos do governo, de ser destinada uma casa para a vereadora Roseane e Chagas foi acusado de negociar apoio político por verba publicitária na emissora de tv que dirige.
O advogado de Jaburu e Roseane explicou que não pedirá a leitura inteira do processo.
(Atualizada às 07:38h em 25/11)
Chagas Jaburu Roseane