O governador Silval Barbosa (PMDB) promete oficializar a escolha do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) em 10 dias, caso não consiga aval do governo federal para trocar o sistema de transporte para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O anúncio foi feito ontem, diante da indefinição do Planalto em autorizar a alteração.
Silval ainda avalia opções para custear a implantação do VLT. Considerado mais moderno, o projeto custará cerca de R$ 600 milhões a mais que o BRT, que já tem recursos garantidos por parte do governo federal porque teve os estudos iniciais apresentados ainda no governo do hoje senador Blairo Maggi (PR). "A intenção por parte do governo era construir um sistema moderno e que tenha uma duração permanente. A dificuldade, no entanto, é convencer a equipe do grupo executivo da Copa (Gecopa) e governo federal, mas o difícil é mudar a matriz de investimentos que já temos para o BRT. Se não mudarmos isso em 10 dias, vamos manter o BRT".
O prazo anunciado ontem se justifica. Isso porque, em 15 de agosto, haverá encontro nacional com representantes das 12 cidades que sediarão a Copa de 2014. O anúncio do governador foi feito durante visita ao Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o antigo Carumbé. Silval foi acompanhado pelos deputados Emanuel Pinheiro (PR) e Luciane Bezerra (PSB), membros da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, além dos secretários de Estado Diógenes Curado (Segurança Pública), Paulo Lessa (Justiça), o juiz Gonçalo Antunes de Barros Neto e o promotor de Justiça Célio Wilson.
O governo estima gastar aproximadamente R$ 490 milhões para implantar o BRT, que implicaria em mais custos para desapropriação antes da efetiva implantação em relação ao VLT. Por ser considerada opção preferencial da classe política, os entusiastas da ideia alegam ainda que a iniciativa privada poderá ajudar na viabilização dos recursos para o Veículo Leve sobre Trilho.
Durante a visita ao CRC, Silval anunciou implantação de um projeto para reeducandos trabalharem na pintura e reforma de veículos que poderão ser vendidos. A ideia é aplicar os recursos no sistema prisional. Ele e a comitiva foram recepcionados por um grupo musical formado por detentos.