O diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, não quer “levar sozinho” a culpa sobre as supostas denúncias de corrupção no órgão. De acordo com ele, em reportagem da Folha de São Paulo, não era apenas o seu partido, o PR, quem mandava e desmandava no órgão. Integrantes do PT, que fazem parte do alto escalão da autarquia, também teriam parte de contribuição nas decisões do órgão e nas consequências das supostas irregularidades denunciadas.
Pagot acusou o petista e diretor de Infraestrutura do Dnit, Hideraldo Caron, de “mandar tanto quanto ele”. Segundo a reportagem, esta será uma prévia do que o diretor afastado poderá revelar em depoimento no Congresso Nacional, marcado para acontecer, provavelmente, na próxima terça-feira (12).
Conforme Só Notícias já informou, Pagot foi afastado após reportagem da revista Veja, desta semana, que aponta suposta cobrança de propina por integrantes do PR para liberar contratos e viciar licitações. Em 24 de junho, segundo a revista, a presidente Dilma Rousseff teve encontro com a cúpula do Ministério dos Transportes, na qual criticou o aumento do orçamento de obras viárias.
Enquanto Pagot foi afastado, em uma manobra dele mesmo ao tirar férias, os demais envolvidos no escândalo foram exonerados. Fazem parte da lista o ex-chefe de gabinete do ministro, Mauro Barbosa, e o ex-assessor do Ministério dos Transportes, Luiz Tito, e o presidente da Valec, José Francisco, o “Juquinha”. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, não resistiu às denúncias e pediu demissão do cargo.
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