Alfredo Nascimento não é mais ministro dos Transportes. Ele não resistiu às acusações de superfaturamento de obras e recebimento de propina envolvendo servidores e órgãos ligados à pasta e pediu demissão do cargo esta tarde. A crise se intensificou com a acusação de que seu filho, Gustavo Morais Pereira, teria aumentado seu patrimônio de forma ilícita, informa a Folha de São Paulo. Em nota de “esclarecimento” em que anuncia a sua demissão, Nascimento diz que vai reassumir sua vaga no Senado. Ele entra no lugar do senador João Pedro (PT-AM), que é o seu suplente.
A Folha também aponta que o senador e ex-governador Blairo Maggi é cotado para o ministério, bem como o secretário-executivo Paulo Passos
Desde sábado, quando a Veja fez as denúncias, a presidente Dilma determinou o afastamento de quatro integrantes da cúpula do ministério, incluindo o diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, que ocupava o cargo mais importante representando Mato Grosso no governo federal. Pagot pediu férias mas a presidência já decidiu que ele será exonerado assim que retornar, dentro de 30 dias. Com a saída de Alfredo, que é do mesmo partido, acabaram-se as chances de Pagot voltar ao DNIT, como ainda tentavam alguns líderes nacionais do PR.
(Atualizada às 17:27h)