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Em gravação entregue à CPI, secretário faz ameaça a produtor

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Uma gravação entregue a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para investigar a concessão de licenças para Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em Mato Grosso aponta supostas ameaças feitas pelo secretário de Estado de Meio Ambiente (Sema), Alexander Maia (coronel da PM), a um produtor rural. A conversa gravada seria entre Maia e o produtor Davi Perin que estaria procurando a pasta para reclamar de algumas situações e pedindo ajuda. No entanto, o secretário aparece intimidando o produtor com ameaça de algemá-lo e levá-lo a uma delegacia.

A gravação foi divulgada pela TV Centro América. Em um dos trechos, o produtor reclama ao secretário. “Mais de mil metros de tora estão apodrecendo na frente da minha casa e os seus técnicos, com o perdão da palavra, nunca enxergam isso”, diz Perin a Maia.

Ao que o secretário teria respondido. “Eles foram lá e estão cegos? Eu vou fazer o seguinte… Vou falar sério com o senhor agora: vou mandar meu pessoal lá”. Neste momento, o produtor intervém e pede que os funcionários da Sema fossem acompanhados dele. “Vou mandar o pessoal contigo. Se você estiver errado, vou mandar algemar e te levar para delegacia. Eu faço questão. Vou mandar lhe algemar e levar pra delegacia”, esbravejou o secretário.

De acordo com a reportagem, Davi Perin reclamava que toras de madeira estariam se perdendo em sua propriedade e que a Sema não tomava uma providência. As supostas irregularidades estariam acontecendo na PCH Bocaiúva, em Brasnorte. Ele ainda afirma sua família detinha a maior parte da área, que, atualmente, é ocupada pela usina. Por meio de um acordo com o Incra, 714 hectares foram repassados para PCH, por quase R$ 500 mil. “No começo, eram 614 hectares; quando acabou o processo, já eram 714 hectares. Então, chegou ali a quase 100 hectares de diferença e ninguém sabe da onde saiu”, reclamou.

Em resposta à denúncia, Maia disse que a Sema sempre investigou as denúncias feitas por Perin. “Não houve nenhum desrespeito ao senhor Davi Perin, muito pelo contrário, senão ele não teria sido recebido. Dez vezes nossos técnicos o atenderam, dez vezes nossa fiscalização foi lá”, disse.

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