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Wilson e Mauro denunciam e criticam Silval que faz duros contra-ataques

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O último debate das eleições para governador de Mato Grosso, na Tv Centro América, foi marcado por forte ataques e denúncias. Wilson Santos e Mauro Mendes fizeram duros ataques ao governador Silval Barbosa, que reagiu criticando Wilson e fazendo ataques a Mauro. Silval, líder nas pesquisas e com chances de vencer no primeiro turno, acabou ampliando o contra-ataque aos adversários, em relação a estratégia que adotou em debates anteriores. O mediador foi o jornalista Hélter Duarte, da Globo-RJ.

Carga tributária
Mauro Mendes foi o primeiro a perguntar e questionou o governador Silval Barbosa sobre a “alta carga tributária” que deixa o setor produtivo “de joelhos” e questionou o que ele fará para reduzir tributos. Silval prometeu desonerar o óleo diesel para 12%. Disse que há 98 produtos com menor carga tributária. “Infelizmente, aquilo que é dito pelo governo é bem diferente do que se pratica no dia a dia”, rebateu Mauro. Disse que uma empresa mandou carta para o governo estadual dizendo que está saindo de Mato Grosso devido a alta carga tributária. Na tréplica, Silval rebateu: “O estado de pessimismo que o adversário fala não é o que estamos vivendo pois novas empresas estão se instalando dia a dia no Mato Grosso”, afirmou.

Corrupção
Silval questionou o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) sobre a operação Pacenas (que resultou na prisão de empreiteiros e do ex-procurador da prefeitura da capital), com irregularidades em obras de infra-estrutura que resultou em prisões, acusando-o de envolvimento no caso. Wilson disse que houve corrupção na compra de ônibus escolares em R$ 15 milhões. “Em matéria de corrupção, você e seu governo são professores”, fuzilou. Silval pediu direito de resposta por ter sido ofendido. Foi concedido e refutou as acusações de irregularidades na compra de ônibus. “É uma calúnia infundada como é prática do ex-prefeito. Nós nem pagamos os ônibus”, afirmou. Ainda neste tema, Wilson disse que “o governo do Estado roubou R$ 44 milhões no caso dos maquinários (financiados e entregues para prefeituras)” Também disse que o escândalo da saúde foram tirados R$ 55 milhões da área. Silval afirmou que a prefeitura de Cuiabá está “afundada em denúncias. Sobre os maquinários, ele disse que o dinheiro nem passou pelo Estado e que o governo determinou a investigação e o erário público não sofrerá prejuízos e que o dinheiro está sendo devolvido.

Marcos Magno, após criticar Wilson Santos sobre falhas nas obras da ETA Tijucal para abastecimento de água em Cuiabá, afirmou que seu governo “ficou devendo porque a capital tem menos de 50% de rede de esgoto. Magno questionou Mauro Mendes (PSB) sobre prioridades para Turismo. Mauro disse que é preciso investir em Chapada, Barra do Garças, Nobres e demais cidades e fortalecer atrações de Mato Grosso na Copa de 2014. “Investir em infra-estrutura é fundamental, em parceria com iniciativa privada. E o turismo vai gerar milhares de empregos”, propôs. Marcos Magno ironizou: “seu discurso é emocionante. Esta Copa do Mundo foi uma imposição. Não estamos fazendo dever de casa. O governador nomeou 7 figuras políticas para a Agecopa. Eles só farão política em causa própria”, disparou Magno.

14º salário
No segundo bloco, Silval questionou Mauro sobre proposta de implantar em seu governo o sistema pagar 14º e até 18º salário, que faz em sua empresa, e se fez o mesmo na Fiemt (Federação das Indústrias de MT). Mauro disse que não disse ter prometido isto para o governo. “Vou investir em qualificação, capacitação. Para melhorar a Educação, vou precisar dos professores, para melhorar a segurança, vou precisar dos policiais e vou estimular os profissionais. É possível sim. Sei administrar e fazer com que o resultado seja atingido”, disse. Mauro disse ainda que, na Fiemt, fez muitas coisas. O SESI e o SENAI são empresas públicas que eu sei administar”, disse. Na réplica, Silval agradeceu aos servidores atribuindo a eles méritos pelo crescimento de 10% ao ano do Estado de Mato Grosso. “Proporcionamos mais de 50% de ganhos reais para os servidores no nosso governo. Temos que continuar investindo no servidor. É a cabeça do Estado e precisamos continuar valorizando”, disse.

Mauro também apontou discordância sobre a decisão do governo de pagar algumas pendências com  precatórios – crédito dado pelo governo para pagar dívidas e que os funcionários acabam tendo dificuldades para vendê-lo, apontando que saem “por preço irrisórios”.

Empregos
Mauro perguntou a Wilson sobre geração de empregos. O tucano disse que vai em busca de recursos da Sudam para que o Norte do Estado gere 50 mil empregos deixando de mandar madeira bruta para outros Estados e passe a ser um pólo moveleiro. Wilson Santos citou que Alta Floresta e Sinop tem vocação para ter fortes indústrias moveleiras. Mauro Mendes, na réplica, disse que criará políticas para atrair investimentos, na micro e empresa empresa, na agricultura familiar e outros setores. Podemos ser grande produtor de roupas.

Educação
Wilson questionou Magno sobre deficiências no setor e ele respondeu que existe “problema em todo o Estado”. O ex-prefeito na réplica apontou que houve avanço em Cuiabá e que haverá 15º salário para professor. Segundo Wilson, Cuiabá saiu da 17º para a 7º em qualidade no Ideb. O piso é um dos maiores do país. “A educação foi tratada com qualidade”, disse. Marcos Magno criticou Wilson e disse que serão distribuídos computadores para alunos. “É uma promessa eleitoreira. O senhor quer agradar alunos na tentativa de angariar votos”, criticou Magno. Wilson pediu direito de resposta (o 2º no debate), que foi negado.

Meios de comunicação
Magno realizou uma pergunda na qual cutucou Silval sobre suas posses empresariais ao longo dos anos em que vive no Estado ? Silval afirmou que acompanhou o crescimento de muitas cidades do interior do Estado, dede que aqui chegou. Lembrou que tem muitos negócios e entre eles algumas empresas de comunicação que estão no nome de sua mulher com que é casado há 27 anos. Segundo ele, todos estes empreendimentos são declarados e é possível ver na Receita Federal. Silval afirmou que quer dar as mesmas oportunidades para quem investiu no Estado terem um retorno.
Na réplica, Magno criticou o perfil dos políticos de Mato Grosso. Lembrou que os políticos do Estado estão entre os mais ricos do Brasil. Afirmou também que arrendou uma rádio em Cuiabá.  “Eu acho um absurdo, daqui a pouco vão falar que eu sou dono desta TV”, rebateu. Com esta resposta, Silval preferiu falar sobre suas propostas na educação e para os profissionais.

Saúde
Magno julgou pífia o trabalho de Wilson Santos na capital e perguntou suas propostas. Wilson disse que houve um aumento na longevidade para as pessoas de Cuiabá. Lembrou que foi o único das capitais do Centro-Oeste e de Mato Grosso a receber um prêmio nacional. “Querem que Cuiabá tome conta da saúde de Mato Grosso inteiro”, afirmou. Ele disse que pretende montar uma rede de hospitais regionais, com seis unidades. “Quero acabar com a ambulânciaterapia”. Disse que o governo do Estado comprou três hospitais no Estado e que todos estão fechados. Na réplica, Magno afirmou que  Wilson  “está totalmente equivocado com as propostas para a saúde. Nada o senhor resolveu. O senhor deixou os dentistas em greve, os médicos em greve”, atacou Magno. Wilson Santos, na tréplica, afirmou que 60% das pessoas de Cuiabá está assistida pelo Posto de Saúde da Família. “Se não resolver o problema da saúde no interior, não tem como resolver na capital”.

Segurança
No terceiro bloco, Wilson questionou trabalho na fronteira de Mato Grosso com Bolívia. Silval disse que o Gefron tem feito bom trabalho, que cobrou do governo federal ação permanente, com apreensão de mais de 200 kg de pasta base. “A Força Nacional está fronteira, vamos mostrar centro de inteligência com radares e intensificar parceria com governo federal para que aumente efetivo da Polícia Federal e construa presídio federal na região da grande Cáceres”.  Silval disse que foram comprados 2 helicópteros e um vai para fronteira. Wilson rebateu com críticas. “90% da cocaína da Bolívia entra no país via Mato Grosso. Temos que reforçar a fronteira. Hoje há menos policiais (proporcionalmente) em Mato Grosso que há 10 anos”, atacou. O governador rebateu dizendo que foram chamados mais mil policiais, 60 delegados, e o efetivo aumentou 35%. “Queremos chegar a 12 mil homens. Hoje temos perto de 8 mil. Até 2014, queremos ter cerca de 12 mil homens na PM e 4,5 mil na Polícia Civil”, prometeu.

Logística
Silval perguntou para Mauro sobre seus projetos neste setor. Mendes afirmou que a logística como rede de estradas e ferrovias é precária. “O governo Lula fez um grande trabalho”. Para ele, é necessário estes investimentos por parte do governo federal e uma parceria com o governo do Estado. Lembrou de algumas regiões do Estado que estão abandonados ainda. O governo do Estado tem que fazer sua parte. Mendes chegou até a elogiar o ex-governador Blairo Maggi em sua política de pavimentação. “Vou investir em estradas e em ferrovias. Mas investir principalmente em qualidade de vida”.  Silval disse que criará a Secretaria de Cidades para fazer um grande programa de pavimentação nas cidades de Mato Grosso, fazer pontes de concreto em vez de madeira. Mendes afirmou que a proposta de criar a secretaria foi uma proposta dele. Citou alguns compromissos que irá cumprir como asfaltamento em algumas rodovias estaduais.“Se um governador não rouba e não deixa roubar tem dinheiro para investir sim”, cututou.

Meio Ambiente
Mauro Mendes cita “grande número de queimadas” e pergunta a Marcos Magno o que fazer para evitar isto. “Meus adversários são PHD em discursos. Falam aquilo que o eleitor quer ouvir em busca de votos. O Estado teve maior incentivo para sua colonização. Derrubaram tudo e estão queimado. Isto é degragar. É a sanha do poder econômico. Nós não temos nenhuma política para diminuir queimadas e desmates. Precisamos de reforma agrária, de produzir no campos sem destrruir o meio ambiente”. Mauro disse que é preciso “reforçar preservação sem abrir mão do progresso econômico de Mato Grosso, respeitando setor madeireiro” e demais setores.

Mais denúncias e ataques
Wilson voltou a questionar Silval os desvios dos maquinários, da saúde e das corrupções dos ônibus imputados ao governo. Silval repudiou as insinuações do tucano e rebateu afirmando que  Wilson deixou a Cuiabá em estado de  “calamidade. Você deixou a cidade esburacada, sem água, um caos”, atacou Silval. O governador afirmou que nem recebeu os ônibus, afirmou que não perdoou dívida de nenhuma empresa (rebatendo caso de uma indústria de fertilizantes que teria R$ 15 milhões em dívidas estaduais perdoadas).  “Estou ouvindo calúnias de um prefeito que saiu com Cuiabá em péssimo estado”, afirmou. Wilson rebateu com críticas: “Quem disse que o seu governo desviou R$ 55 milhões foi o Ministério da Educação que é do PMDB”. Silval foi para a tréplica: “dá dó de ver as pessoas sem água em Cuiabá.  Eu vou ajudar o prefeito (Galindo) a sanar estes problemas”.

Posteriormente, Silval questionou Mauro sobre valor dos precatórios e o que pretende fazer para melhorar. “Se hoje o servidor tem a receber R$ 10 mil, vende precatório a R$ 2 mil. Para empresas não foi bem assim. Vou pagar pelo valor real da dívida, que poderá ser trocado em materiais de construção”, citou. Mauro disse que, no debate, “o eleitor deve saber o passado de cada candidato, assim como a empresa investiga o funcionário quando for contratá-lo”. Silval acusou Mauro Mendes de comprar precatórios por valores menores para pagar uma dívida, de sua empresa (Bimetal) que ele devia para o Estado. “Infelizmente, ele usou este expediente que ele mesmo condena para pagar dívidas”, acusou Silval.  Mauro reagiu: “Que deve não, candidato !. Devia. Já paguei !. O senhor parece estar despreparado, não sei se é para o debate ou para governar o Estado”, rebateu Mauro. “Paguei, dentro da lei”, concluiu.

Considerações finais
Marcos Magno: “vocês tiveram oportunidade de ver quem fala a verdade e quem quer políticas públicas pelos menos afortunados e os trabalhadores. Temos aqui (referindo-se aos oponentes) propostas para os afortunados. Temos que dar um basta neste sistema de política que vigorou neste Estado. Quero protestar contra a forma com que a maioria da imprensa, marronzista, tratou nossa candidatura”.

Silval Barbosa foi o sorteado para falar em seguida: “Quero agardecer a Deus, minha família, aqueles que estão 1a frente de nossa campanha. Estou há 20 anos na vida pública, 33 aqui em Mato Grosso. Construi meu patrimônio com muita ética e responsabildiade. Desta foram que não vejo este Estado de cãos que meus adversários falam. Acredito no ptencial do Estado e que posso contribuir muito nestes próximos 4 anos. Vamos fazer mais pelo Estado, na geração de empregos, saneamento, avanços sociais. Quero continuar governando este Estado de soluções e que valeu a pena votar em Silval. Vamos fazer o Mato Grosso com melhor qualidade de vida para todos”.

Mauro Mendes: “Agradeço a Deus, minha militância e vamos estar no segundo turno onde você vai conhecer melhor os 2 candidatos. Por isto é melhor aguardar 30 dias ao invés de se arrepender por 4 anos. Vou acabar com a fila da vergonha na saúde. Ninguém aguenta mais. Vamos trabalhar muito para melhorar a segurança, gerar 200 mil empregos nos próximos 4 anos. Um governador tem que ser honesto. Não pode roubar, nem deixar roubar. Vamos fazer 4 mil km de asfalto na porta do cidadão, junto com prefeitura e governo federal”.

Wilson Santos: “4 noites nos separam de um destino. Vou investir pesado na Educação. Temos que resolver primeiro a saúde pública no interior. Quero agradecer minha esposa Adriana, nas horas amargas e boas. Quero agradecer a Deus, fonte maior da minha garra e da minha luta. Você é quem vai decidir quem estará no 2º turno. Não somos nós, nem as pesquisas. É você eleitor. É você quem decide !”.

Foto: Midia News)
(Atualizada às 23:29h)

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