A Câmara de Sorriso voltou a ter uma sessão tumultuada, agora há pouco. Um grupo de moradores foi ao plenário protestar contra a decisão do bloco de oposição em manter a pauta trancada por 4 sessões ordinárias (quatro semanas), sem votar projetos da prefeitura, devido a divergência, entre os 2 poderes, do local onde será construído o IFMT – Instituto Federal de Educação de Mato Grosso.
Um grupo de moradores voltou a protestar, vaiando os vereadores oposicionistas por manterem a pauta trancada pela 4ª sessão consecutiva (dos 10 vereadores, 2 são da bancada de sustentação do prefeito). O presidente Chagas Abrantes rebateu as críticas em cartazes, como Legislativo contra população, levados pelos manifestantes – alguns simpatizantes da atual administração. “Esta manifestação deve ir lá na prefeitura e dizer para o prefeito mandar o projeto para a câmara que vamos votar”, rebateu. “As pessoas de bem não podem ser confundidas com quem está enchendo bolsos de dinheiro”, disse, sem citar nomes. No final da sessão, os ânimos ainda continuaram exaltados e o presidente pediu calma: “Vamos manter a ordem. Não queremos conflito. Vocês já se manifestaram. Se acalmem”, recomendou.
Chagas lembrou que foi proposto, a sexta-feira, ao prefeito doar metade da área ( de 43,8 mil metros quadrados) para o IFMT e a prefeitura ficaria com a outra metade. “Hoje à tarde, recebemos comunicado de secretários apontando que o prefeito não recua e mantém sua intenção de doar para o IFMT a outra área. A câmara também não recua e mantém a pauta trancada”, afirmou Chagas, ao Só Notícias. O presidente admitiu que algums projetos, solicitando urgência na apreciação, começam a ficar atrasados. “Acredito que são 2 projetos. O mais importante é de remanejamento de recursos do orçamento da prefeitura”, apontou.
Os vereadores querem que a prefeitura mantenha planejamento inicial de construir o IFMT no Vila Romana. O prefeito Chicão Bedin defende construir o campus do instituto em uma área no bairro Rota do Sol, argumentando que a prefeitura ganhou uma área importante. Os vereadores apontam que o local é impróprio porque não tem infra-estrutura necessária.
Na sexta-feira, Chicão se reuniu com Chagas e o líder Maximino Vanzella para ser articulado acordo. Mas não prosperou.