O presidenciável tucano José Serra está fazendo, neste momento, o lançamento da pré-candidatura do ex-prefeito Wilson Santos ao governo de Mato Grosso. Ele já recebeu de Wilso, do pré-candidato ao Senado Antero Paes de Barros, dos senadores Jayme Campos, Jorge Yanai e do ex-prefeito de Sinop Nilson Leitão uma carta para que insira, em seu plano de governo, obras prioritárias para Mato Grosso. A primeira reivindicação é a “continuação da Ferronorte até Cuiabá
Estratégica para o fim do gargalo logístico que onera o transporte da produção agrícola e pecuária de Mato Grosso, Rondônia e Sul do Pará, a Ferronorte teve obras paralisadas desde 1999 em Alto Taquari, a 415 quilômetros de Cuiabá. A expansão dos trilhos até Cuiabá, numa primeira fase da retomada das obras, confirmará Cuiabá como um dos mais importantes entroncamentos logísticos brasileiros, com a convergência de modais rodoviários, hidroviários e ferroviários”.
Os mato-grossenses também querem a conclusão da BR-163 (Guarantã-Santarém) que está sendo pavimentada da divisa de Mato Grosso até o porto em Santarém. Os tucanos e democratas apontam que a rodovia assegurará redução substancial do ‘custo Mato Grosso”, que reduz a competitividade de uma das mais importantes regiões fornecedoras das proteínas que o Brasil exporta. Cobram ainda a construção da hidrovia Juruena-Teles Pires-Tapajós
Tendo o rio Tapajós, afluente da margem direita do Amazonas, como artéria principal, a Hidrovia Juruena-Teles Pires-Tapajós (partindo de Alta Floresta) projeta-se como um dos sistemas de transporte regionais estratégicos para valorizar o potencial econômico do Norte-Nordeste de Mato Grosso e Centro-Sul do Pará. Os investimentos previstos para implantação da hidrovia são de R$ 148, 5 milhões enquanto a economia no custo do frete nos primeiros seis anos está fixada em R$ 158 milhões A redução do frete varia entre R$ 5,00 e R$ 37,00 por tonelada, a depender da distância.
Também é cobrada a hidrovia Rio das Mortes-Araguaia-Tocantins Com potencial para integrar ao sistema nacional de transportes uma imensa região de Mato Grosso, no emblemático Vale do Araguaia, hoje denominada, com razão, de ‘Vale dos Esquecidos” essa Hidrovia interligará, via Rio das Mortes, Nova Xavantina a São Félix (MT) prosseguindo dali, pelos rios Araguaia e Tocantins até Estreito (MA), a hidrovia Paraguai-Paraná mais importante eixo de integração econômica no contexto do Mercosul, a Hidrovia Paraguai-Paraná se estende de Cáceres, em Mato Grosso, a Nova Palmira, no Uruguai, ao longo de 3.442 Km e servindo a cinco países, numa área de influência de 700 mil K, com 25 milhões de habitantes. Cobram ainda a construção da ferrovia EF-246: Uruaçu(GO)-Vilhena (RO) e deverá cruzar Mato Grosso no sentido Leste-Oeste. Em uma primeira etapa, prevê-se a ligação Uruaçu(GO)-Lucas do Rio Verde(, numa extensão de 1 mil quilômetros, com investimentos de R$ 4,1 bilhões. Numa segunda fase, a ligação Lucas do Rio Verde-Vilhena(598 Km) absorveria outros R$ 2,3 milhões.
Outra reivindicação é Rodovia do Calcário que é a (MT-326), a sua inserção em uma das regiões brasileiras com características especialíssimas – convivência pacífica da produção rural, em franca expansão, com culturas indígenas integralmente preservadas – a qualifica como objeto de investimentos federais. A construção de duas pontes – uma sobre o lendários rio Araguaia – e uma outra sobre o Rio das Mortes – além de uma terceira, sobre o rio Borecaia, deve acelerar a modernização econômica e social de uma região que por décadas esteve praticamente isolada.
Outro ponto é o Poliduto Centro-Oeste – Sudeste. A expansão da economia do Centro-Oeste amplia, em ritmo elevado e constante, a demanda por derivados de petróleo, como gasolina, diesel e gás, ao mesmo tempo em que se coloca na vanguarda da produção de etanol e biodiesel.
As lideranças pedem ainda para Serra que seja priorizada a regularização fundiária porque Mato Grosso tem hoje um passivo agrário que impacta gravemente não só a fundamental agricultura familiar, mas toda a cadeia do agronegócio. Há casos, inclusive, de municípios inteiros sem titulação e, portanto, com milhares de produtores sem acesso ao crédito oficial, que seja formulado e conduzido um Programa Especial que integre Estados e Municípios num processo intensivo de regularização fundiária, definindo, inclusive, condição especial de financiamento ao produtor em vias de receber o título de sua propriedade.
Também reivindicam a nacionalização do Cartão SUS para retomar a política implementada no Governo Fernando Henrique Cardoso, de Controle e Avaliação do Sistema Único de Saúde, através da utilização do Cartão SUS como ferramenta eficaz para conferir a efetiva remuneração à unidade que tenha prestado o serviço ao paciente. Essa política, mais ou menos negligenciada no atual governo, deve ser induzida pelo Governo Federal como prática universal em todas as unidades da federação e nos municípios, corrigindo as distorções que se verificam hoje.
Para Mato Grosso também é cobrado o novo hospital ‘Júlio Muller´, em Cuiabá, pela importância que terá como unidade decisiva para a qualificação dos profissionais da área médica formados pela Universidade Federal, quanto porque, uma vez entregue, será a única unidade de saúde da União instalada em Mato Grosso.
Na área de segurança pública setores de narcotráfico e fronteiras é cobrado que seja instalado em Mato Grosso, em área fronteiriça com a Bolívia, estrutura da Força Nacional de Segurança equivalente a que se instala na antiga fazenda Itamarati, em Ponta Porã (MS), incluindo unidade aerotransportada.
Meio Ambiente: criação de Fundo Nacional para reflorestar áreas com passivos ambientais. Retomada do Programa BID-Pantanal, que previa investimentos de 200 milhões de dólares para o saneamento de 100% das cidades do entorno do Pantanal e de toda a Bacia Pantaneira. Os eventuais impasses que levaram os governos de Mato Grosso e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul a abrir mão desses recursos devem ser reavaliados. – Criação de política de financiamento de programas de saneamento urbano, tendo como referência o programa desenvolvido pelo Governo Serra no Estado de São Paulo, com investimentos de R$ 7 bilhões.
Escolas Técnicas e Ensino Profissionalizante: reestruturação do ensino técnico-profissionalizante do País, com a implantação uma rede de escolas técnicas de nível médio, fundada na extraordinária experiência do Governo Serra no Estado de São Paulo.A definição da grade de cursos ministrados nessas escolas de acordo com a vocação econômica – e consequente demanda por profissionais de determinadas áreas – da região em que serão instalada, deve conferir-lhes importância estratégica como suporte de modernização econômica e valorização social.