A vereadora Regiane Rodrigues de Freitas, 32 anos, declarou agora há pouco, durante depoimento na Comissão de Ética da câmara municipal, que foi usuária de drogas por um período mas que é inocente das acusações de tráfico ou favorecimento ao tráfico. “Meu único problema, em uma fase terrível para mim, foi que me levou a procurar consumir substâncias entorpecentes, talvez para fugir um pouco do que estava me acontecendo”, afirmou. “Fui na ilusão de aquilo poderia me ajudar. Admito que foi um erro muito grande. Só procurei esses suspeitos, que são co-réus no processo, para adquirir a substância”, defendeu-se. “Não sou associada ao tráfico de drogas em Colíder e não faço parte de nenhuma organização”, afirmou.
Testemunhas, familiares, entre eles os pais, o marido e a filha de Regiane estão aguardando o final do depoimento, no corredor da câmara. A sala onde ela está sendo ouvida fica em frente ao seu gabinete parlamentar. Regiane está afastada do cargo pois continua presa, em uma ala do Corpo de Bombeiros, em Cuiabá (porque na cadeia de Colíder não tem cela especial). Ela foi recambiada da capital para prestar depoimento na 2ª vara criminal da Comarca, ontem à tarde, e também na comissão do legislativo que vai concluir relatório pedindo cassação de seu mandato ou recomendando absolvição.
A data que a comissão concluirá o relatório ainda não foi confirmada. Em dezembro passado, a câmara rejeitou, por 5 a 4, afastar Regiane. O Tribunal de Justiça já negou ao menos 4 pedidos para soltar a vereadora. Ela havia sido presa com pelo menos 11 pessoas.