Cerca de 350 servidores estiveram, ontem à noite, na 9ª sessão da câmara, com faixas e cartazes, acompanhando o posicionamento dos vereadores sobre a greve -que entra hoje no 6º dia-. Havia rumores que seria apresentado projeto da prefeitura concedendo de 4,11% de reposição salarial para todos os trabalhadores e aumento real de 10,66% até 20,37% para 1.582 funcionários de 32 categorias. Mas o projeto não foi encaminhado. Poucos vereadores saíram em defesa da prefeitura.
Os manifestantes aplaudiram os parlamentares, principalmente os de oposição que manifestaram apoio ao movimento e vaiaram o líder do prefeito, Gilson de Oliveira (PP). Gilson pediu ao sindicato que apresente uma contra proposta para a prefeitura e que seja fechado acordo dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. “Vamos conversar com o prefeito e com o sindicato e mostrar números e identificar o que pode ser feito, tentar fazer uma reforma administrativa e readequar os cargos comissionados para poder atender as reivindicações dos servidores”, finalizou.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Adriano Perotti, disse ao Só Notícias que irá fazer uma contra proposta e apresentar ao prefeito mas depois da assembleia marcada para quinta-feira.
O vice-presidente da câmara, Sérgio Palmasola, (PDT) disse que poderia ser encaminhado um projeto para que todos os servidores passassem a trabalhar 6 horas diárias. O vereador Fernando Assunção (PSDB) criticou a prefeitura pela condução nas negociações expondo que, “se fosse feito acordo ano passado não teriam chegado a greve. Se tivesse tido respeito por parte da prefeitura não estaríamos debatendo esse assunto essa noite”, criticou.
Francisco Specian Junior (PSDB) expôs que falta materiais de trabalho para determinados servidores. Ele citou o caso do posto de saúde onde trabalha e algumas escolas onde não há folha sulfite para os professores, sacos de lixo e até papel higiênico. “Estamos sem saco de lixo na unidade em que trabalho há uma semana”, disse Speciam.
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