A senadora Serys Slhessarenko disse, neste sábado, em Sinop, que está confiante no entendimento com o deputado federal Carlos Abicalil para que não ocorra prévia no Partido dos Trabalhadores para que os filiados escolham quem será candidato ao Senado. Tanto Serys quanto Abicalil já assumiram o interesse em concorrer à vaga. Ela busca a reeleição e o deputado quer tentar o primeiro mandato de senador.
Contudo, até o momento, não houve consenso entre os parlamentares. Serys afirma não estar havendo desgastes em relação ao assunto. Entretanto, não esconde o sentimento de mágoa pela disputa interna no Partido dos Trabalhadores, contrariando as recomendações da executiva nacional. “Não é bom ir para prévia. Esperamos que este atrito não aconteça. Temos vários diretórios já se posicionando que não querem prévias e realmente que haja uma disputa no sentido de o deputado Carlos Abicalil buscar a reeleição e eu para o Senado. Os petistas não querem esta divisão porque têm os dois como figuras políticas importantes para o PT”, declarou a senadora, em entrevista ao Só Notícias.
Serys assume ter ficado “perplexa” com a opção de Abicalil em projetar-se para o Senado federal. “Quando Abicalil me comunicou que iria disputar uma das vagas de candidato ao Senado me causou perplexidade porque meu mandato está bastante avaliado”, argumentou. A petista diz que suas ações enquanto senadora a credenciam a disputar uma reeleição. Na história da política em Mato Grosso Serys tornou-se a primeira mulher a chegar ao Senado, a máxima instância do Poder Legislativo. A mato-grossense é, atualmente, 2ª vice-presidente e também está na mesa diretora do Congresso Nacional
“O deputado Abicalil faz um bom mandato e acredito que ele deva buscar reeleição”, defendeu. Caso o PT opte por uma votação a escolha deverá ser feita no mês de abril. Serys já assume publicamente que se não puder disputar a vaga ao Senado irá se desligar da política. “Vou parar na política. Na serei candidata a nada porque não tem sentido você ser se seu mandato não teve aprovação do partido. Farei uma reflexão, ver onde eu errei e mais tarde, em outra eleição, talvez possa ser candidata a outra coisa. A pergunta será o que eu fiz de errado. Ou o que eu não fiz para meu partido não me permitir ser buscar a reeleição”, falou.
Neste sábado, em Sinop, a petista participou de uma reunião com integrantes do Partido dos Trabalhadores. Ela cumpre agenda em alguns municípios e ainda participará de encontros em Terra Nova do Norte e Alta Floresta. Serys ainda ironiza o embate interno no PT. “Agora ele é candidato e não quer deixar eu ser candidata a reeleição. Como diz a gíria é cada um no seu quadrado. Do contrário, não é bom”, finalizou.