A prefeitura e o Sindicato dos Servidores Municipais não conseguiram consenso, até agora, na forma com que serão conduzidas as negociações. Hoje é o primeiro dia de greve e um grupo de aproximadamente 200 funcionários se concentrou em frente à prefeitura. O secretário de Governo, Ivanildo Vieira e o presidente do sindicato, Adriano Perotti, estão fazendo “a ponte” nos diálogos. O prefeito Juarez Costa concordou em receber uma comissão dos grevistas para negociar. O sindicato recusou. “Os servidores não aceitaram porque temem que ocorra a mesma situação do ano passado quando a prefeitura fez uma proposta, encerramos a greve e o prefeito não cumpriu o acordo”, acusa Adriano. “O sindicato quer proposta formal (por escrito) ou que o prefeito anuncie para todos os servidores o que tem a propor”, emendou.
Os servidores ficaram, inicialmente, no salão de festas da CDL por causa das chuvas. Depois, foram até o paço. Uma parte da avenida das Embaúbas foi interditada. Eles foram almoçar e retornam à tarde. O impasse prossegue e o sindicato elevou o tom das cobranças após a prefeitura tentar barrar, na justiça, a greve. Conforme Só Notícias já informou, o Judiciário não atendeu o pedido.
A pauta de cobrança tem 11 itens. O principal é a questão salarial. A reivindicação é de 11% (de reposição e aumento real). A prefeitura alega que tem caixa para conceder 4,11% correspondente as perdas nos últimos 12 meses. Também são cobrados plano de saúde, mudanças no plano de cargos, carreiras e salários, redução de carga horária dos servidores nas Secretarias de Educação e Cidades, pagamento de 13º e férias conforme a lei 254/93, creche para filhos de servidores, aquisição imediata de equipamentos de segurança para os funcionários, dentre outros.
A prefeitura aponta que não tem caixa para conceder mais de 4,11% de reposição porque está no limite dos gastos com pessoal que é de 51% da arrecadação. São cerca de 3 mil servidores e a folha é de R$ 6 milhões/mês
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