As prefeituras de Tapurah e Vera confirmaram, esta manhã, que também decretaram situação de emergência. Juntamente com outros municípios da região do Alto Teles Pires, em carta enviada ao governador Silval Barbosa, pedem uma vistoria in loco da equipe da Defesa Civil do Estado “a fim de detectar os problemas ocasionados pelas constantes chuvas e, assim, validar os decretos de emergência emitidos pelos municípios da região”.
A grave situação decorrente das chuvas excessivas no último período, além de prejudicar a colheita e impedir o escoamento da safra, também tem dificultado o deslocamento de ambulâncias e já provoca a suspensão de aulas em algumas áreas rurais. O prefeito de Tapurah, Luiz Umberto Eickhoff, também solicitou a liberação imediata dos recursos na ordem de R$ 3,4 milhões para a construção de 16 pontes de concreto cadastradas no Ministério do Turismo ainda em 2013. “Entendemos que este é o momento oportuno para insistir nessa reivindicação que representará uma solução de longo prazo para pontos críticos em períodos chuvosos, contribuindo para a boa trafegabilidade de nossas estradas”, declarou, através da assessoria.
Em Vera, o prefeito Nilso Vígolo informou que lavouras foram alagadas, rios transbordaram e uma ponte, no rio Amargura, ligando o município a Sorriso foi levada pela força da enxurrada. A ponte de madeira tinha cerca de 12 metros, e fica dentro de fazendas na região, porém, a via é municipalizada. Os usuários usam um desvio para passar. Na semana passada, uma ponte sobre o rio Fonseca também apresentou problemas na estrutura, foi recuperada e liberada. O sindicato rural de Vera estima que faltam ser colhidos cerca de 40% da soja ainda.
A decretação de estado de emergência dá autonomia aos municípios, sem prejuízo às restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal, para a aquisição de bens e realização de obras necessárias para responder aos desastres e a normalização dos cenários com a dispensa de licitação. Os municípios do Nortão estão com pontos de alagamento, pontes interditadas ou destruídas, rompimento de barragens, lavouras alagadas e erosões no leito de estradas e, como agravante, as previsões climáticas indicam mais chuvas além dos quase mil milímetros de precipitação registrados somente nos meses de janeiro e fevereiro.