O vice-governador do Estado, Carlos Fávaro (PSD), renunciou oficialmente ao cargo, esta manhã. Por meio de sua página oficial em uma rede social ele informou que protocolou a renúncia na Assembleia Legislativa. “Tomei essa decisão em razão da missão dada pelo meu partido, o PSD, de construir um novo projeto para Mato Grosso. Ele é pré-candidato a senador. A razão é simples: não poderia me dedicar a esse propósito, fortalecendo o partido para as candidaturas proporcionais e majoritárias recebendo o salário mensal de R$ 20 mil nem continuar utilizando toda a estrutura que dá apoio à vice-governadoria”, declarou.
Fávaro disse ainda que desde que assumiu o cargo de vice-governador, reduziu a estrutura que, na época, contava com 74 cargos, sendo 46 exclusivamente comissionados. “No primeiro ano, diminuí para 20 o número total de servidores e mantive essa média até hoje. Com o compromisso de reduzir custos, diminuí 60% das despesas administrativas e isso tudo sem prejudicar os trabalhos, já que realizamos 12 mil atendimentos durante o período que estive à frente do gabinete.
Além disso, assumi por 20 meses a gestão da Sema – Secretaria de Estado de Meio Ambiente, um dos maiores desafios da minha vida e, com muito trabalho, planejamento e dedicação, apresentamos avanços em todas as áreas. Hoje, com certeza, temos uma secretaria muito mais eficiente e cumprindo o seu principal papel, que é a preservação do meio ambiente, sem atrapalhar o desenvolvimento econômico”.
Ele agradeceu aos eleitores e disse que está com a absoluta certeza de missão cumprida. “Parto para esse novo desafio e não seria ético de minha parte trazer prejuízo ou despesa ao erário, utilizando-me de uma estrutura que foi criada para atender ao mandato de vice-governador. A nova política exigida pela sociedade não quer discurso, quer ação. Tenho convicção de que esta é a decisão mais acertada”, finalizou.
Conforme Só Notícias já informou, ontem à tarde, os deputados Gilmar Fabris, Pedro Satélite, Nininho e Wagner Ramos devem deixar o PSD devido a decisão da executiva de deixar a base de apoio do governador Pedro Taques (PSDB). Eles devem ir para sigla da base aliada como PPS ou PSB. Se a decisão for mantida, o PSD só deve ficar com o deputado Zé Domingos. Os 4 também divergem do vice-governador Carlos Favaro, presidente do diretório estadual que esta semana se reuniu com Taques e anunciou a entrega de cargos de lideranças do partido no governo e que passa a ter postura de independência.
Favaro é pré-candidato a senador e na segunda-feira, em entrevista ao Só Notícias, disse que a saída do governo foi uma decisão bastante pensada e discutida internamente. “Nós fizemos uma grande reunião, no dia 21, e ouvimos as bases. Os deputados também tinham suas considerações, por isso no dia 28 fizemos uma reunião só com eles. Na ocasião reiteraram que ficam no parido e a proposta de independência. Vamos agora refazer a executiva estadual, os deputados vão indicar os nomes, junto comigo, tudo proporcionalmente. E vamos trabalhar o projeto majoritário do partido que é a senatoria, de forma muito humilde e estamos preparados com a saída do ministro Blairo Maggi da disputa ao senado. Vou trabalhar isso com dedicação”, acrescentou anteriormente.
O presidente da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), Eduardo Moura, foi o primeiro filiado do PSD a entregar o cargo ao governador Taques. "Assim o faço por lealdade a você e por determinação do PSD, partido ao qual estou filiado. Neste momento, após "comer a canjica", devem permanecer a seu lado aqueles que, independentes de posições partidárias, estarão com você na campanha", diz trecho do ofício.
(Atualizada às 11h48)