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Empresário pivô da Operação Ararath em MT entrega esquema para atenuar possível condenação

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A defesa do empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, mais conhecido como Júnior Mendonça, um dos principais alvos da operação “Ararath” da Polícia Federal, informou que ele fez um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) e se tornou um “colaborador premiado”. Ou seja, por uma possível pena menor durante o julgamento, ele aceitou entregar todos os envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro do qual era acusado de ser o chefe.

A informação consta em um documento expedido e assinado pelos seus advogados, Hundel Rolim, Murilo Silva Freire e Darlã Vagas. “Registra-se que, todos os procedimentos necessários para que fosse reconhecido como tal, foram realizados dentro da mais absoluta legalidade tendo, inclusive, firmado Termo de Colaboração com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal”, aponta trecho do documento.

“Cabe, por fim, informar que, neste momento, em virtude das condições pré-estabelecidas no Termo de Colaboração firmado com as autoridades competentes, e, no intuito de não prejudicar a continuidade das diligências investigativas, bem como resguardar sua honra e de sua família, não irá se pronunciar sobre o caso na imprensa, uma vez que, o que tinha a declarar já se encontra encartado nos autos do processo antes mencionado”, destaca a defesa em outro trecho.

Júnior Mendonça é apontado como um dos chefes da ação criminosa, mas em troca de algumas regalias delatou todo o funcionamento do esquema. Estas informações fizeram com que a Polícia Federal deflagrasse, hoje, a quinta etapa da operação e nela foram presos o ex-presidente da Assembleia, deputado estadual José Riva (PSD), e o ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes.

Além destas prisões, vários mandados de busca e apreensão foram expedidos e cumpridos na Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público Estadual (MPE), Prefeitura de Cuiabá, um edifício comercial no centro da capital e nas residências do prefeito Mauro Mendes (PSB) e do governador Silval Barbosa (PMDB), onde foi encontrado uma pistola sem registro.

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