Os deputados estaduais Dilmar Dal Bosco (DEM) e José Riva (PSD) negaram qualquer tipo de envolvimento em fraudes nas terras destinadas à reforma agrária na região de Itanhangá e investigadas durante a operação Terra Prometida, da Polícia Federal, deflagrada na quinta-feira (27). A Justiça Federal recebeu a denúncia do Ministério Público Federal sobre a "existência de elementos que apontam o possível envolvimento de autoridades detentoras de prerrogativa de foro no esquema criminoso” e cita os dois deputados estaduais.
Dal Bosco afirmou que não possui áreas no município e nem em Tapurah. Ele acredita que foi citado no processo por ser o coordenador da Frente Parlamentar de Regularização Fundiária na Assembleia Legislativa e receber demandas de assentados de várias localidades que procuram os deputados para relatar a dificuldade em conseguir os títulos das terras.
Ele lembrou que participou de audiências públicas em Itanhangá, em 2001, juntamente com vários outros parlamentares, na qual foi cobrado do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a regularização de terras na região.
José Riva também negou possuir qualquer tipo de área em Itanhangá ou Tapurah. Destacou que tem amigos na região e atuou em defesa de assentados que o procuraram devido a demora para terem suas terras regularizadas. Ele alegou que isso faz parte da vida de um parlamentar, que é buscar intermediar uma solução entre a população e o governo.
Conforme Só Notícias já informou, a Justiça Federal em Diamantino mandou ao Supremo Tribunal Federal informações da investigação da Polícia Federal da operação Terra Prometida – sobre venda de áreas da reforma agrária em Itanhangá para fazendeiros e empresários na região de Lucas do Rio Verde, Itanhangá, Sorriso e outras cidades. “Diante do surgimento de nome com prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal [políticos] os autos foram remetidos a essa corte, que os desmembrou e os devolveu a este juízo para analisar as representações em relação às pessoas sem a prerrogativa”, consta em um trecho da sentença do magistrado em Diamantino, Fábio Henrique de Moraes Fiorenza, que ordenou as 52 prisões.