O Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso) informou, há pouco, em nota, que o abastecimento regular de gasolina, etanol e diesel continua interrompido por conta do protesto dos caminhoneiros que impedem a passagem de cargas. Alguns postos no Estado ainda tem óleo diesel. "Há cargas aleatórias chegando ao mercado por meio de escolta policial. Não é possível informar o volume. Em Rondonópolis, 50% dos postos foram reabastecidos com ajuda de escoltas das polícias. Em Cuiabá e Várzea Grande um ou outro posto pode vir a conseguir um abastecimento pequeno, de forma isolada, no caso de caminhão-tanque conseguir furar os bloqueios ou por meio de escolta, sendo que tal abastecimento é limitado devido à grande demanda", informa o sindicato.
Em relação ao transporte para o Médio Norte e Nortão, o sindicato não informou se cargas chegaram aos postos. Neste domingo, a PRF informou que escoltou carretas levando cerca de 94 mil litros para Sorriso.
"Serviços essenciais realizados pelos órgãos públicos estão sendo atendidos, mas não em sua totalidade. Há a expectativa do fim da paralisação, entretanto, o sindicato não tem previsão de exatamente quando isso vai ocorrer. Não há, portanto, condições de quantificar a porcentagem de postos que poderiam estar em atividade. O que se sabe é que 100% foram impactados", acrescenta.
"O Sindipetróleo espera que os governos federais e estaduais consigam formalizar algum acordo. A formação dos preços dos combustíveis tem três elementos bem definidos: preço de realização do produto (refinaria ou usinas de etanol); impostos (federal e estadual); e custos de transporte e margens (transportadoras, distribuidoras e postos). Considerando que a parte que vai para os governos é a mais representativa nesta equação, uma vez que ela não tem custos a ressarcir dentro do processo – somente arrecada – não há como se tentar redução de preços que não se inicie por diminuição desta participação. Este é um grande momento para discutir a fundo a tributação dos combustíveis e com soluções que de fato tragam benefícios à sociedade".
O Sindipetróleo conclui a nota manifestando "seu repúdio à prática de preços abusivos nas vendas de combustíveis. No contexto da atual crise de abastecimento, provocada pela greve dos caminhoneiros, parcela mínima de postos revendedores – que certamente não representam a categoria – adotaram um comportamento oportunista e aumentaram extraordinariamente seus preços valendo-se da escassez do produto".