A reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) comunicou a suspensão de suas atividades administrativas e acadêmicas em todos os seus campus, hoje. A decisão foi tomada em virtude dos desdobramentos ocorridos a partir da paralisação dos caminhoneiros, que ocasionaram o desabastecimento de combustível em Mato Grosso e no País.
A Administração Superior orienta as chefias para organizar a manutenção de seus serviços essenciais, e esclarece que as eventuais perdas acadêmicas serão encaminhadas no âmbito do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe). Sobre os restaurantes universitários, a prestação do serviço mantém-se inalterada.
Conforme Só Notícias já informou, a diretoria administrativa e a diretoria político-pedagógica-financeira da Unemat, do campus de Sinop comunicaram que, em virtude das dificuldades de deslocamento de alunos, servidores técnicos e professores decorrente da falta de combustíveis na cidade, estão suspensas todas as atividades administrativas, aulas e demais atividades pedagógicas a partir de hoje. A instituição diariamente notificará sobre a continuação da suspensão ou o restabelecimento das aulas.
O Tribunal de Justiça, o governo do Estado e o Ministério Público Estadual também não terão expedientes, nesta 2ª feira, devido a falta de combustível que impedirá deslocamentos de servidores considerando que falta combustível e houve redução nas linhas de transporte coletivo devido a falta de combustíveis, ocasionada pela greve dos caminhoneiros, que não estão transportando cargas, e entrou hoje, no sétimo dia.
A faculdade Fasipe também comunicou, neste domingo, que suspendeu as aulas nesta segunda-feira para todos os cursos devido a paralisação dos caminhoneiros. A previsão de retorno é na terça-feira (29), " caso tudo volte à sua normalidade".
Dezenas de vans que fazem transportes de acadêmicos estão praticamente sem combustível e algumas podem suspender suas atividades a partir desta segunda-feira.
Ontem, a única empresa que faz o transporte coletivo em Sinop, confirmou que os ônibus não vão circular. Segundo a direção, a medida foi adotada para que não falte combustível durante a semana, devido a greve dos caminhoneiros, que desde segunda-feira, estão bloqueando trechos das rodovias federais em Mato Grosso e todo o país, em protesto aos reajustes nos preços do diesel.
Ainda segundo a empresa, a partir de hoje, será feita redução de linhas, como por exemplo, a unificação das que fazem transporte nos bairros Boa Vista e Alto Glória ao centro. Com isso, terá combustível para atender a demanda durante a semana.
Em Sinop, a empesa que opera voos comercias cancelou quatro voos no sábado e no domingo de Cuiabá-Sinop e Sinop-Cuiabá, por conta da falta de combustível nos aeroportos brasileiros. Hoje, os voos em Sinop, foram normalizados.
Não foi confirmado o estoque de combustível no aeroporto de Sinop que tem o maior número de passageiro no Nortão. Neste sábado de madrugada, foi levada uma carga de 44 mil litros de combustível para aviação até o aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande para evitar que os voos fossem prejudicados durante a manifestação dos caminhoneiros.
Os bloqueios começaram no dia 14, desde então, não está sendo permitida a passagem de carretas e caminhões, com exceção de cargas vivas e perecíveis. Também está liberada a passagem de ambulâncias, ônibus e veículos de passeio.
De acordo com o último balanço divulgado, ontem, às 22h, pela Polícia Rodoviária Federal, em Mato Grosso, são 30 pontos bloqueados. A concessionárias que administra rodovia informou que na região norte, na BR-163, as mobilizações são registradas em Nova Mutum (km 593 e km 601), Lucas do Rio Verde (km 686 e km 691), Sorriso (km 746 e km 750) e Sinop (km 821). Em Cuiabá, são mantidos dois pontos com interdições. No Distrito Industrial (km 398 na BR-364) e no km 504 da BR-070 (rodovia dos Imigrantes). Já no sul do Estado, os manifestantes estão concentrados em Rondonópolis (km 119) e Jaciara (km 269 da BR-364).
Ontem o presidente Michel Temer anunciou que o governo atendeu mais reinvindicações da categoria. O governo federal confirmou que publicou, em edição extra do diário oficial, três medidas provisórias (MPs 831, 832 e 833) com redução do preço do diesel na bomba em R$ 0,46 por litro, congelando o preço por 60 dias. Isso equivale, segundo o presidente, a zerar as alíquotas da Cide e do PIS/Cofins. Concordou ainda em eliminar a cobrança do pedágio dos eixos suspensos dos caminhões em todo o país, além de estabelecer um valor mínimo para o frete rodoviário.