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J&F diz que não seria necessária busca e apreensão em unidade da JBS em Mato Grosso na operação Porteira Aberta

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A J&F encaminhou nota, ao Só Notícias, sobre a operação do Ministério Público Federal e Polícia Federal, feita nesta sexta-feira, em unidades da empresa no Mato Grosso e expôs que "executivos apresentaram, em maio de 2017, ao MPF e à PGR, no âmbito dos seus acordos de leniência e colaboração, anexos a respeito do tema que embasou a busca e apreensão na manhã desta sexta-feira. A holding e executivos seguem colaborando com as autoridades que investigam o assunto. Entendem, porém, que deveria haver uma coordenação entre os órgãos de investigação visto que todas as informações têm sido entregues às autoridades, não justificando, portanto, uma busca e apreensão no Mato Grosso".

A empresa acrescenta que "nenhum produto ou marca da JBS foi citado ou colocado sob suspeita pelas autoridades. A alta qualidade dos produtos da JBS é reconhecida mundialmente. As unidades da empresa têm processos de controle rigorosos e, além de submetidas a inspeções públicas, são auditadas por clientes dos mercados interno e externo, que averiguam critérios de sanidade, qualidade, bem-estar animal, rastreabilidade e nutrição", concluiu a J&F.

O Ministério Público Federal em Mato Grosso informou, nesta sexta-feira, que na operação Porteira Aberta, "foi cumprido mandado de busca e apreensão na unidade da JBS em Barra do Garças", relativo ao inquérito policial que teve início em 2015, quando houve denúncias de esquema de propina envolvendo servidores do órgão de fiscalização sanitária federal e funcionários da empresa em Vila Rica, Confresa e Barra do Garças. Nas denúncias foram apresentados cópias de e-mails que apontavam o esquema. A assessoria também informa que foram afastados os sigilos bancários dos fiscais que atuavam naqueles estabelecimentos e detectados depósitos bancários de valores idênticos aos informados pelo denunciante como propinas. Também fora realizada auditoria pelo Ministério Agricultura  Pecuária, confirmando que os procedimentos de inspeção eram irregulares, que as emissões dos Certificados Sanitários Internacionais e Nacionais não observaram as normativas e não foram respaldadas em documentos comprobatórios dos dados preenchidos no Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF).

Em Barra do Garças, que foi alvo de busca e apreensão, o denunciante informou que um funcionário que ocupava a função de gerência determinava que, mensalmente, fossem separados R$ 30 mil resultantes das vendas a varejo, e estes fossem colocados em três caixas de arquivo morto, sendo R$ 10 mil em cada caixa. Tais valores eram destinados aos três fiscais que atuavam na unidade da região, com o mesmo intuito de evitar a devida fiscalização. Essas despesas entravam na contabilidade da empresa como “consultoria de marketing” ou “Serviço de Inspeção Federal”.

 

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