A presidente Dilma não sinalizou, na visita a Lucas do Rio Verde, ontem, quem deverá apoiar para governador nas eleições deste ano. Na solenidade onde lançou a colheita da safra de soja, ficaram lado a lado os senadores Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). Taques é pré-candidato, o PDT está na base do governo federal, porém o senador mato-grossense tem feito algumas criticas ao governo. Já Blairo diz que não disputa, embora ainda é pressionado, nos bastidores, para concorrer ao terceiro mandato e tem sido forte aliado de Dilma.
Dilma não concedeu entrevistas. Em seu discurso, a presidente 'gelou' Taques e citou Blairo, quando abordou questões ligadas a modernidade tecnológica na agricultura, e em programas desenvolvidos no Estado (alguns iniciados quando ele era governador). Também mencionou Silval pelas obras feitas em parceria entre os dois governos. O PT também, tem se articulado e fala em candidatura própria o que, na prática seria um plano B porque, se Blairo for candidato, a sigla deverá lhe apoiar.
Lideranças petistas como o presidente do diretório, Willian Sampaio, o ex-vereador Ludio Cabral, o deputado Ademir Brunetto estiveram na solenidade mas não conversaram com Dilma sobre eleições.
Enquanto um ministro discursava, o presidente do PMDB no Estado, Carlos Bezerra, sentou-se ao lado da presidente e teve breve diálogo. De acordo com uma fonte, Bezerra posicionou Dilma sobre determinadas articulações para PMDB, PT e PR estarem juntos nas eleições deste ano no Estado e formarem 'palanque forte' para ela, que é candidata a presidente. Dilma também teve conversa "ao pé do ouvido" com Blairo, mas o teor não foi informado.
Outra articulação passa pelo futuro político do governador Silval Barbosa, a quem Dilma considera 'forte parceiro'. Silval ainda não confirmou se fica no governo ou se poderá ser candidato ao Senado, deixando o cargo no final de abril.
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