Os índios da aldeia Moygu podem liberar ainda hoje, os 11 pesquisadores e funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), mantidos reféns desde quarta-feira passada. De acordo com o índio Makarea Trumai, de Nova Canarana, que está intermediando as negociações, informou, ao Só Notícias, que os índios estavam aguardando apenas a confirmação de uma audiência com a Funai, Ibama, ministros e outras autoridades. “Estou aguardando o contato deles, por rádio, para informar que a audiência foi marcada para quarta-feira, em Brasília. Aí eles devem liberar os reféns”, destacou, ao Só Notícias.
Os índios são contra a operação de uma pequena central hidrelétrica (PCH) no rio Coluene, em Paranatinga. A obra está pronta, mas eles alegam que comprometerá a sobrevivência na aldeia quando começar a funcionar.
Hoje de manhã, três pesquisadores doutores – Dionei José da Silva, Manoel dos Santos Filho e Fabricio Alves Moura- foram liberados. Eles prestaram depoimento na Polícia Federal, em Cuiabá, e informaram que o grupo está sendo mantido em cárcere privado, em uma casa na aldeia, e só pode sair uma vez ao dia, mas que estão recebendo alimentação e água normalmente. Alguns estariam com problemas de saúde.
A maioria dos reféns trabalha para um instituto e estava pesquisando os impactos ambientais desta usina.
(Atualizada às 16h55)