O governo do Estado estima que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) deve demorar mais de dois anos para ficar pronto. A informação foi repassada à imprensa, esta manhã, em audiência pública realizada no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, e consta em uma auditoria realizada pela atual administração sobre as obras destinadas a realização da Copa do Mundo do ano passado.
De acordo com reportagem do MidiaNews, o secretário do Gabinete de Projetos Estratégicos, Gustavo Oliveira, disse que a demora em concluir a obra é fruto do esgotamento das verbas oriundas de financiamentos e empréstimos. A obra foi orçada em R$ 1,7 bilhão e os serviços, iniciados em 2011, foram suspensos pelo Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, executor do modal, no ano passado, por falta de pagamento.
A previsão é de que fossem instalados 22 quilômetros de trilhos nos dois eixos, por onde devem circular os 40 carros do VLT – formados por sete vagões cada um. O projeto prevê ainda a execução de estações e terminais, bem como de obras de arte (pontes, trincheiras e viadutos) ao longo dos dois eixos.
Contudo, de acordo com o secretário, a auditoria apontou a inexistência do projeto executivo total da obra, assim como a falta de um cronograma de execução dos serviços e de projeto de desapropriações.
De acordo com o secretário, o consórcio VLT já solicitou pagamentos adicionais de aproximadamente R$ 300 milhões. Desse valor, R$ 165 milhões dizem respeito ao reequilíbrio do contrato físico financeiro e R$ 74 milhões, ao reajuste contratual cambial solicitado.
Outros R$ 47 milhões referem-se a reajuste contratual anual reminiscente à medição da obra até julho do ano passado, e mais R$ R$ 4,9 milhões dizem respeito à medição da obra, entre o período de agosto a setembro.
Ambos os valores não foram pagos pela gestão anterior. De acordo com Oliveira, a legalidade e a viabilidade dos pedidos ainda está sendo verificado.