O vice-Consulado Honorário da Itália em Cuiabá apresentou nesta sexta-feira, durante o evento da Primeira Missão Consular da Itália em Mato Grosso, proposta para inserir o idioma italiano no currículo das escolas estaduais. A proposta se entende para todo o sistema de ensino do Estado, o que inclui escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio e instituições de ensino superior.
O evento é realizado pelo vice-consulado, com o apoio do Governo de Mato Grosso e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e visa fomentar o relacionamento e estreitar laços econômicos, culturais e educacionais entre a Itália e o Estado.
O cônsul Geral da Itália em São Paulo, Filippo La Rosa, destacou que aprender o idioma italiano, que é o quarto mais falado no mundo, não contribui apenas para uma carreira profissional, mas também para oferecer oportunidades aos jovens brasileiros, como abrir portas para cursarem universidades italiana.
“O italiano cada vez mais é incluído nos setores econômicos importantes do mundo inteiro, além disso, registramos nos últimos anos um crescente interesse de jovens estrangeiros para as universidades italianas, que são excelentes e estão muito bem posicionadas nos rankings internacionais”.
Segundo o cônsul, com a globalização e um mundo hipercompetitivo a capacitação, a formação e a educação formam um conjunto imprescindível na preparação dos jovens.
A secretária de Estado de Educação, Esporte e Lazer, Marioneide Kliemaschewsk, participou do evento e destacou alguns pontos da educação pública de Mato Grosso. Ela lembrou que a rede estadual é constituída por 768 unidades escolares, atendendo cerca de 402 mil alunos, e, atualmente, o inglês e o espanhol são as duas línguas que fazem parte do currículo nas unidades escolares.
“Quando oferecemos novas oportunidades aos jovens estamos contribuindo não só com a melhoria da qualidade da educação, mas também para a melhoria da qualidade de vida deles. E é dentro dessa perspectiva que esperamos que essa proposta se torne realidade na rede estadual, principalmente nas 40 escolas plenas, que funcionam em tempo integral”.
No entanto, segundo a secretária, é preciso que essa proposta seja discutida com a comunidade, assessorias pedagógicas, diretores e coordenadores das unidades escolares.
“Precisamos fazer os trâmites de organização, fazendo o diagnóstico junto à rede, pois uma das coisas que priorizamos no Estado é fazer com que as políticas públicas da educação sejam discutidas na coletividade”, enfatizou a secretária, acrescentando que quando a comunidade é chamada para discutir questões que envolvem as políticas públicas para a educação surte um resultado muito bom, porque ela se sente pertencente ao processo educacional.
“E pensando um pouco no município de Cuiabá, rumo aos 300 anos, já estou desenhando mentalmente um projeto pedagógico piloto em escolas de Cuiabá e Várzea Grande”, finalizou.