Começa nesta sexta-feira (15) o período proibitivo do plantio da soja, chamado também de vazio sanitário, cujo objetivo é diminuir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática e evitar ataques precoces da doença na safra. A proibição é válida por 90 dias e, caso seja encontrada a planta nas lavouras, o produtor poderá ser multado.
Conforme dados disponibilizados pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), a safra 2011/12 teve quebra de 830 mil toneladas motivada principalmente devido a ferrugem. Os prejuízos estimados aos produtores foram de R$ 915 milhões, dos quais R$ 315 milhões são referentes ao aumento do custo de produção com o incremento na aplicação de fungicida.
A associação destacou, também, que das 608 amostras colhidas na safra 2011/2012, 59 tiveram resultados positivos para ferrugem asiática e 549 negativos. Enquanto na de 2010/2011, foram analisadas 1.904 amostras, sendo 50 positivas e 1.854 negativas. As aplicações normais de fungicidas são de 2,5 e 2,7 por hectare, no entanto, na safra 2011/2012 foram 3,5 aplicações. Cada uma tem custo médio de R$ 45 por hectare.
A área destinada para a última safra da cultura no Estado foi de pouco mais de 7 milhões de hectares, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). A produção atingiu aproximadamente 21,3 milhões de toneladas, com produtividade média de 50,4 sacas por hectare.
O vazio sanitário foi adotado em 2006 por Mato Grosso e mais 11 Estados: Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná, Bahia, Rondônia, Maranhão e Pará.