O período de estiagem já começa a afetar a umidade relativa do ar em Rondonópolis. Na tarde desta terça-feira (15/07), a partir das 14h, a umidade relativa do ar no município chegou aos 25%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O índice ficou abaixo dos 30% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para piorar, a tendência é que os baixos índices persistam até outubro.
José Roberto Tarifa: baixos índices de umidade do ar nesta época do ano são normais em toda a região Centro-Oeste do Brasil
O coordenador da Estação Meteorológica e do Laboratório de Climatologia do Campus de Rondonópolis/UFMT, professor José Roberto Tarifa, observa à reportagem que os baixos índices de umidade do ar nesta época do ano são normais em toda a região Centro-Oeste do Brasil. A situação mais desconfortante, segundo o professor, é quando os baixos índices de umidade relativa do ar se estendem para o período da noite – o que, por enquanto, não tem ocorrido.
Nas últimas semanas, a umidade relativa do ar tem entrado em queda ao longo do dia e, com a chegada da noite, voltado a subir. José Roberto Tarifa disse que, nas últimas madrugadas, os índices têm sido de 50% a 60% em média. O ápice dos sinais da estiagem costuma se dar em setembro. No ano passado, o professor lembra que, entre setembro e meados de outubro, a umidade relativa do ar chegou a cerca de 16% em Rondonópolis, com o agravante de inúmeras queimadas em áreas de preservação ambiental na região.
Conforme informativo do Inmet, a umidade relativa do ar pode chegar a valores em torno de 20% no sul do Estado, no período que vai até esta quinta-feira. O professor observou que valores abaixo dos 30% já podem ser prejudiciais à saúde humana, principalmente de crianças e idosos. Enquanto não terminar o período de estiagem, ele diz que a população deve ficar atenta em relação ao tempo.
De acordo com a Superintendência de Defesa Civil de Mato Grosso, é considerado estado de atenção quando a umidade relativa do ar está entre 20% e 30%. Nesse caso devem ser evitados exercícios físicos ao ar livre entre as 10 da manhã e as 4 da tarde. O ambiente deve ser umidificado através de vaporizadores, toalhas molhadas e recipientes com água. Sempre que possível, permanecer em locais protegidos do sol e em áreas arborizadas; aumentar a ingestão de líquidos; trajar roupas claras, fazer refeições leves e evitar banhos mornos ou quentes.
Se o índice for entre 12% e 20%, este já é considerado estado de alerta. Deve-se observar as recomendações do estado de atenção. Orienta-se suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre as 10h e 16h; evitar aglomerações em ambientes fechados; e, se houver irritação nos olhos e narinas, procurar o centro de saúde mais próximo de casa.
Abaixo dos 12%, considera-se estado de emergência.