O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que a umidade relativa do ar não deve passar hoje de 30% em dez estados e no Distrito Federal. O instituto enviou avisos especiais à Defesa Civil das 11 regiões: Goiás, Pará, São Paulo, Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul, Piauí, Maranhão e DF. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a umidade relativa do ar inferior a 30% como estado de atenção.
Segundo o Inmet, a situação deverá ficar mais crítica em seis áreas, onde o índice estará em torno de 15% e 20%: Goiás, com exceção do leste; o centro e leste de Mato Grosso do Sul; São Paulo, com exceção do litoral; o Triângulo Mineiro; Mato Grosso, com exceção da parte oeste, e o Tocantins. A faixa de 20% a 12% é considerada estado de alerta pela OMS e causa problemas respiratórios, secura na garganta, no nariz, nos olhos e na pele.
A expectativa é de que o cenário mude a partir da primeira quinzena do mês por causa do período chuvoso. "Até agora, não registramos nenhum fenômeno meteorológico que indique chuva antes do dia 15. As frentes frias que passam por esses estados não são fortes o suficiente para provocar uma mudança no clima", disse a meteorologista Priscila Monteiro, do Inmet.
As chuvas podem se antecipar, no entanto, em parte de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. "Isso deve acontecer porque essas regiões vão ser atingidas por áreas de instabilidade, que são provocadas por um corredor de umidade que vai do Amazonas ao oeste de Mato Grosso", explica Priscila.
A meteorologista afirmou ainda que a queda excessiva da umidade relativa do ar vem sendo registrada desde junho. "Mas em poucos estados do país. A partir de agosto é que mais regiões passaram a ter esses baixos índices e aí ficou mais generalizado", esclarece.