O Tribunal do Júri condenou um jovem de 20 anos pelo assassinato do estudante Jheyson Tauã dos Santos, 20 anos, ocorrido em maio de 2014, na avenida André Maggi, no bairro Novo Estado. Ao calcular a pena, fixada em 13 anos e quatro meses, a juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, considerou os crimes de homicídio qualificado e corrupção de menores. Ele cumprirá a sentença em regime fechado, no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, onde está preso atualmente.
Um rapaz de 21 anos, por outro lado, acusado de pilotar a moto utilizada no crime, foi absolvido. Os jurados entenderam que não ficou clara a possível participação dele no homicídio. Com a decisão, a juíza Rosângela Zacarkim revogou a prisão e o jovem será colocado em liberdade.
Uma testemunha relatou que, um dia antes do homicídio, aconteceu uma briga na escola, em que a vítima jogou uma cadeira no suspeito. De acordo com esta versão, o acusado teria ligado para um adolescente pedindo uma arma, “a qual seria utilizada para matar Jheyson”. Outro jovem ainda afirmou que estava trafegando pela avenida André Maggi, quando viu uma pessoa caída. Ao se aproximar, reconheceu Jheyson pelo tênis. A vítima ainda estava consciente e teria apontado o réu como autor dos disparos.
Interrogado, o suspeito confessou o crime, mas alegou que estava se sentindo ameaçado por conta do desentendimento ocorrido no dia anterior. Ele disse que trafegava em uma motocicleta, junto com o outro acusado, quando avistou a vítima, que teria feito “um movimento, o levando a crer que sacaria uma arma, motivo pelo qual efetuou o disparo para se defender”.
O outro acusado justificou que o suspeito pediu uma carona até em casa e não sabia que ele estava armado. “Quando estavam na avenida André Maggi, avistou a vítima com a moto parada e o farol desligado, tendo o réu falado que iria conversar com ela ‘de boa’. No entanto, antes mesmo de parar a moto, o acusado sacou a arma e efetuou um disparo na vítima”.
Ministério Público Estadual e defesa ainda podem recorrer, tanto da sentença, quanto da absolvição do segundo suspeito.