Saiu ontem, a decisão da juíza Gabriela Carina Knaul de Albuquerque e Silva, da 2ª Vara Cível da comarca de Sinop, sobre a tentativa de homicídio ao juiz César Francisco Bassan, 63, no dia 30 de janeiro deste ano. O gerente de restaurante Sérgio Muller e o cobrador Fábio Tavares Rubim Toledo deverão ir à júri popular, possivelmente na próxima temporada.
Outro envolvido, Cleiton Lopes dos Santos, foi absolvido. De acordo com o advogado Celso Lins, que defende Cleiton e Fábio, o resultado foi considerado uma vitória parcial. “Vamos lutar agora, em júri, para provar a inocência do Fábio”, disse o advogado, ao Só Notícias. Apesar de absolvido da acusação, Cleiton não foi solto porque responde por um processo de extorsão em Alta Floresta e ontem a juíza daquela comarca enviou o pedido de prisão.
“Vamos pedir o relaxamento da prisão porque lá as testemunhas nem chegaram a ser ouvidas”, disse o advogado. A juíza acolheu a tese do Ministério Público Estadual (MPE) de que ele não teve atuação durante a tentativa de assassinato. Ele não estava no carro com Sérgio e Fábio. Se não tivesse fugido, poderia ter sido arrolado somente como testemunha.
Já Fábio, foi apontado como sendo o que instigou Sérgio Muller a atirar no juiz. O crime ocorreu quando Bassan deixava uma lanchonete, no centro de Sinop, em uma caminhonete S-10, preta, e se deslocava para o hotel. Ele se envolveu em um atrito com os três, quando eles foram atravessar a faixa de pedestres. O juiz foi seguido pela caminhonete de Sérgio, que acabou colidindo com a caminhonete do juiz e batendo em uma panificadora.
Na acusação formal, o MP frisou que “os denunciados tomaram a direção de um veículo S-10, de cor branca, e passaram a perseguir o veículo pela via. Na rotatória da praça Plínio Calegaro os denunciados bateram a frente do veículo em que estavam contra a traseira da caminhonete do ofendido, que por possuir reboque, ficou presa. Eles desceram e, sem permitir que a vítima esboçasse qualquer reação, Sérgio efetuou os disparos”.