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UFMT cria Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres

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A Universidade Federal de Mato Grosso criou o Centro de Medicina e Pesquisa de Animais Silvestres (Cempas), vinculada a Faculdade de Medicina Veterinária e funcionará nas instalações do zoológico e passará por adequações físicas, visando à implantação de um novo conceito de preservação e de fomento à educação ambiental no Estado. O objetivo é reforçar e ampliar o trabalho de recuperação da fauna brasileira, a

Após passar por adequações e estar apto, o espaço receberá visitas de grupos escolares. Essas visitas serão inteiramente monitoradas, conforme prevê a legislação ambiental. “Entre os Cetas [Centro de Triagem de Animais Silvestres] e os Cras [Centro de Reabilitação de Animais Silvestres]. Encontramos um meio termo, que é o Cempas. Assim, podemos usar nossa estrutura para fazer educação ambiental para a população e nosso foco maior são as escolas”, afirma o diretor da Faculdade de Medicina Veterinária, professor Roberto Lopes de Souza, acrescentando que o centro contará também com uma área restrita para os animais resgatados da natureza, seja em acidentes ou vítimas de tráfico.

A criação do Cempas foi uma convergência de pensamentos. “Uma delas foi a aproximação com o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], que fez o embargo no zoológico, mas reconheceu o esforço da universidade e sugeriu que o espaço fosse aberto para receber novos animais, mas com outra filosofia, de reabilitação e reintrodução. Juntou a nossa vontade com a dos órgãos ambientais”, explica.

De acordo com a gerente do Centro, professora Sandra Helena Ramiro Corrêa, o trabalho já realizado pela Faculdade, que terá convergência no Cempas, conta com o apoio e reconhecimento dos órgãos públicos e vem ao encontro com um novo olhar sobre o cativeiro de fauna, que sempre irá existir, uma vez que nem todos os animais resgatados reúnem condições de voltarem à natureza. “Esse novo olhar é voltado para a preservação da espécie, bem-estar animal e recuperação da espécie, o que permite que a população tenha também uma visão diferente”, observa.

A docente explica que a UFMT desenvolve a atividade de recuperação da fauna desde 2012, a partir das ações realizadas no Hospital Veterinário (Hovet). “Pela ausência de um centro de triagem no Estado, essa demanda foi aumentando. Hoje, a UFMT, via Favet, banca os custos do Estado com os animais em recuperação que não estão sob nossa tutela. Eles têm alimentação e assistência hospitalar de altíssimo nível”, completa.

Outro trabalho desenvolvido é o de movimentação de animais, com o objetivo de reforçar a preservação ambiental e evitar a extinção de espécies. Segundo o professor Roberto Lopes de Souza, os animais da fauna brasileira são propriedade da União. “Somos fiéis depositários dos que estão na UFMT. Além disso, vale ressaltar que todos estão bem cuidados. Somos fiscalizados pelos órgãos ambientais”, aponta.

Deste trabalho, 50 jabotis, cuja espécie está ameaçada de extinção saíram do Câmpus de Cuiabá e agora habitam um novo espaço, fora do cativeiro: o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. Eles são apenas alguns das dezenas de animais que já estão ocupando novos espaços, a partir da ação do Cempas.

A UFMT também encaminhou animais como o gavião do penhasco, o gavião-pega-macaco, tucanos, patos do mato, urubus reis para unidades como o zoológico e o aquário, ambos da cidade de São Paulo, e o Criadouro Onça Pintada, em Curitiba (PR).

Outros animais, cujas espécies sofrem ameaça de extinção, já estão ou com a situação de movimentação em avaliação pelo Ibama ou em início de tratativas com outras unidades de preservação. “Para a movimentação são exigidos atestados de saúde de órgãos como o Ibama e o Indea [Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso]”, completa o diretor da Favet

“Passado esse período de adequação, com esse passivo tanto de população quanto de estrutura para resolver, penso que a Favet passará a ser referência em medicina de silvestre, porque o Estado é rico em fauna. A Faculdade tem recursos humanos, científicos e estruturais para crescer junto com isso”, finaliza a gerente.

A informação é da assessoria da UFMT.

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