Uma nova interpretação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve dar 23 minutos a mais semanais para o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, em relação a Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral. O TSE determinará que sejam consideradas as bancadas partidárias da eleição (em outubro de 2002), e não as do dia da posse (em fevereiro de 2003), para fazer o cálculo da divisão do tempo da propaganda.
Dois terços do tempo disponível são divididos com base no número de deputados de cada coligação. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a coligação PSDB-PFL perdeu 16 deputados entre a eleição e a posse e acabaram sendo favorecidos pela decisão. No mesmo período, os partidos que apóiam Lula, PT, PCdoB e PRB, perderam apenas um deputados.
Como entre a eleição e a posse o PSDB e o PFL, siglas que dão sustentação a Geraldo Alckmin, perderam 16 deputados, a nova interpretação do TSE favorece o candidato tucano. Os partidos que apóiam formalmente Lula perderam apenas um deputado no período.
Com a nova interpretação, os 74 minutos semanais na TV e os 74 minutos no rádio da coligação de Alckmin passaram a 81. No caso de Lula, não houve grande alteração. O PT-PRB e PCdoB ganharam mais um minuto, de 57 para 58 minutos, com a mudança