Ronaldo Faleiro da Silva, 25 anos, acusado de envolvimento no latrocínio do tenente coronel da Polícia Militar, Helton Vagner Martins (foto), 39 anos, ocorrido em agosto do ano passado, no bairro Jardim Maringá 2, continuará preso preventivamente. Os desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça acataram o voto do relator Juvenal Pereira da Silva e negaram pedido de habeas corpus feito pela defesa do réu.
Apesar das alegações da defesa de ilegalidade na prisão por “excesso de prazo para a conclusão da instrução processual”, os magistrados entenderam que a prisão preventiva está suficientemente fundamentada. “Há referências aos indícios de autoria, à prova da existência, bem como na gravidade concreta do crime, perpetrado por outros três participantes menores de idade, ao que consta, previamente mancomunados de forma estável e permanente para a prática de crimes, com disparos de arma de fogo que culminaram na morte de uma vítima”.
Ronaldo está no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, há mais de 200 dias. A ação penal que investiga a morte de Helton Vagner e a tentativa de latrocínio contra a mulher dele tramita em segredo de justiça na Comarca de Sinop. O réu responde por associação criminosa armada e latrocínio. Ele é suspeito de dirigir a caminhonete Toyota Hilux, preta, que deu apoio à ação de outros três adolescentes, que invadiram a casa do tenente para roubar e acabaram o assassinando.
O MPE também denunciou o pai e os dois irmãos de um dos adolescentes, acusados de ajudar na fuga até a cidade de Santa Carmem (35 km de Sinop) e esconder a arma supostamente usada para matar Helton. Três adolescentes, incluindo o suspeito de atirar em Helton, foram representados por atos infracionais análogos à associação criminosa e latrocínio.
Conforme Só Notícias já informou, a esposa do tenente coronel prestou depoimento, declarando que o oficial não reagiu ao assalto e tentou proteger os filhos quando os criminosos começaram a atirar após perceberem que Vagner era policial. Ao tentar defender o marido, acabou atingida por dois projéteis. A versão apresentada pela esposa contraria o depoimento prestado pelos adolescentes de que o policial teria reagido e, por isso, os tiros foram disparados.
Helton chegou a ser socorrido com vida em uma viatura da PM, mas morreu horas depois, no Hospital Regional. O corpo foi velado em Sinop e sepultado em Cuiabá. A esposa dele ficou vários dias internada e foi submetida a cirurgias por conta dos ferimentos dos tiros.