PUBLICIDADE

Tribunal revoga prisão preventiva de acusada de matar jovem em Sorriso

PUBLICIDADE
Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça revogou a prisão preventiva da jovem de 20 anos acusada de envolvimento na morte de Emerson Luan Bogea, 21 anos, em abril de 2018. A vítima foi atingida por disparos de arma de fogo quando seguia pela rua Iguaçu. Emerson chegou a ser socorrido pelos bombeiros, mas, não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Regional.

A suspeita estava presa desde outubro de 2018. Para os desembargadores, “ainda que a demora no transcurso do processo não tenha sido ocasionada exclusivamente pelo Estado, haja vista que houve a necessidade de expedição de carta precatória e por conseguinte de três requerimentos de designação da audiência de instrução e julgamento, sendo dois apresentados pela própria defesa da ré, verifica-se que a manutenção da custódia cautelar da ré tornou-se desarrazoada”.

Os magistrados determinaram que a acusada deixe a cadeia pública de Colíder (160 quilômetros de Sinop) e vá para prisão domiciliar. Ela deverá permanecer na rsidência e será monitorada por meio de tornozeleira eletrônica.

Os desembargadores, por outro lado, negaram o recurso do Ministério Público Estadual (MPE) que manifestou contrariedade à desclassificação do crime de latrocínio para homicídio, medida definida pela Justiça de Sorriso. Para o Tribunal de Justiça a desclassificação está correta pois não há “provas irrefutáveis” a respeito do possível crime de latrocínio.

Conforme Só Notícias já informou, uma testemunha disse à polícia que percebeu quando um casal chegou na moto e começou a conversar com Emerson. Cerca de uma hora depois, houve os disparos e a testemunha foi até o local, onde encontrou a vítima. Segundo esta versão, o rapaz disse, antes de ser socorrido, que conhecia a pessoa que atirou nele. Relatou ainda que a arma usada no crime também era dele e que tentava vender para o casal que estava na motocicleta.

Um familiar contou que, antes de sair de casa, Emerson levava consigo cerca de R$ 1,2 mil. O dinheiro e o celular do rapaz não foram encontrados. No entanto, por meio de quebra de sigilo, a Polícia Civil descobriu que a última ligação feita por meio do telefone de Emerson foi para o número registrado em nome da acusada.

“E de fato, é bem crível que a dupla que ceifou a vida de Emerson tenha, no mínimo, pego o aparelho celular da vítima, mas qual seria o motivo? Tenho que não há resposta nos autos. Aliás, será que não seria o fato de que o numeral da ré estava registrado no aparelho da vítima como sendo a última ligação? O fato do aparelho não mais ter sido utilizado corrobora a tese. Ou, se a intenção realmente era o ganho patrimonial, será que este dolo era anterior a conduta de se efetuar sete disparos de arma de fogo contra Emerson? E porque conversaram tanto antes de agir?”, questionou Candiotto, ao desclassificar o crime de latrocínio, em setembro de 2019.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Juiz alerta para golpes usando nome de advogada no Nortão

O juiz da Comarca de Juara, Fabricio Savazzi Bertoncini,...
PUBLICIDADE