A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de um dos acusados de envolvimento no homicídio de Leonir Elwanger, 38 anos. O ex-jogador do Sorriso Futebol Clube, que era conhecido como “Totó”, foi morto a tiros, em novembro de 2017, em uma lanchonete, na avenida Tancredo Neves.
Dois suspeitos, 24 e 28 anos, foram localizados, em janeiro deste ano, por investigadores da Delegacia Especializada de Homicídios à Proteção (DHPP). Segundo o delegado André Ribeiro, as investigações apontaram que a motivação do crime seria uma motocicleta que ele comprou de um dos suspeitos e não teria feito pagamento. O valor não foi apontado.
A defesa ingressou com pedido de habeas corpus alegando que não há provas da participação de um dos acusados. Segundo o advogado, o homem está sofrendo “constrangimento ilegal” também por falta de “fundamentação idônea” na decretação da prisão preventiva. Invocou ainda o “princípio da presunção de inocência” para que o suspeito respondesse ao processo em liberdade ou cumprisse medidas cautelares alternativas à prisão.
Para os desembargadores, porém, “a gravidade concreta da conduta atribuída ao paciente (extraída da premeditação do crime contra a vida, do motivo banal e do evidente desprezo pela vida alheia) e a notícia de que ele possui com uma condenação pretérita em seu desfavor autorizam a manutenção da custódia cautelar com vistas a resguardar o meio social e evitar a reiteração delitiva”. Os magistrados também negaram o “reexame do conjunto fático-probatório” e, por tal motivo, afirmaram que “não é possível analisar a tese de negativa de autoria em sede de habeas corpus”.
Conforme Só Notícias já informou, no dia em que Leonir foi executado, os atiradores chegaram em um Corolla prata, fizeram vários disparos e fugiram. Segundo o delegado André Ribeiro, no dia seguinte do crime, eles compraram um carro com cheque sem fundos, a vítima foi na delegacia registrar denúncia e as investigações começaram. Um dos envolvidos já foi preso por tráfico de drogas e tentativa de roubo em uma agência bancária.