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Tribunal mantém presa mulher que será julgada por assassinato no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

O Tribunal de Justiça não acatou os argumentos da defesa para revogar a prisão preventiva de Cristiana Matias Barbosa, acusada de envolvimento na morte de Juarez Goulart, 51 anos. A vítima teve a casa invadida por um criminoso, que fez quatro disparos de pistola .380. O crime ocorreu em agosto do ano passado, em Colíder (160 quilômetros de Sinop).

Em maio, a Justiça de Colíder decidiu que Cristiana deverá ser julgada por homicídio simples. Ao recorrer ao Tribunal de Justiça, a defesa apontou que, na decisão, também foi mantida a prisão preventiva. Para o advogado, no entanto, Cristiana havia sido denunciada por homicídio qualificado. Desta forma, “ao se afastar a qualificadora do recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima, alterou-se substancialmente toda a ‘sistemática da acusação’, eventual pena a ser imposta e outros fatores relevantes”. Com base nesse argumento, a defesa pediu a revogação da prisão.

Para os desembargadores da Terceira Câmara Criminal, que negaram o pedido, “tratando-se de paciente pronunciada porque, em tese, intermediou a contratação de terceiros para a execução da vítima, ato criminoso que foi cometido na moradia dela – seu local de refúgio – e na presença da sua companheira, está demonstrada a gravidade concreta da conduta delituosa, evidenciando-se a periculosidade da paciente e o risco da sua libertação, à ordem pública”.

Conforme Só Notícias já informou, além de Cristiana, o ex-vereador de Terra Nova do Norte (165 quilômetros de Sinop) Aldo Lopes de Carvalho, que é suspeito de encomendar a morte de Juarez, também será julgado. No entanto, ele vai a júri popular por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe.

Bruno Nicola Fernandes, acusado de atirar em Juarez, será julgado por homicídio duplamente qualificado, cometido mediante promessa de recompensa e de maneira que dificultou a defesa da vítima. Já Wagner Nunes de Souza, que teria dado apoio ao assassinato, aguardando Bruno em uma motocicleta, vai a julgamento por homicídio qualificado, cometido mediante promessa de recompensa.

Ao determinar o julgamento, o juiz Maurício Alexandre Ribeiro ressaltou que “as provas produzidas não permitem aferir, de plano, que os acusados não concorreram e/ou praticaram a conduta descrita na denúncia, a ensejar a rejeição da imputação e não submetê-los ao Tribunal do Júri (impronúncia), sendo que as negativas e refutações do crime devem ser analisadas pelo mencionado conselho”. Maurício ainda decidiu manter os quatro acusados na cadeia.

Durante as investigações, coordenadas pelo delegado Eugenio Rudy, foi identificado que o crime teve motivação passional e que teria sido encomendado pelo ex-vereador de Terra Nova do Norte, que não aceitava o fim do casamento de 30 anos com a ex-esposa. Com base nos levantamentos, o delegado representou pelos mandados de prisão e busca e apreensão contra os quatro suspeitos, que foram cumpridos nas cidades de Colíder, Sinop e Terra Nova do Norte.

A companheira de Juarez (ex-esposa de Aldo), de 48 anos, não foi alvejada e ainda tentou correr atrás do atirador. As investigações apontaram que o ex-vereador teria pago R$ 20 mil para Cristiana, que intermediou o assassinato, contratando os matadores, que teriam recebido R$ 10 mil para a execução do crime.

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