O Tribunal de Justiça de Mato Grosso manteve a decisão para que seja levado a júri popular o principal suspeito de assassinar Joarliso da Silva Pinheiro, o “Joca”, 29 anos, em Tapurah (250 quilômetros de Sinop). A vítima foi morta com pancadas na cabeça desferidas com um instrumento “contundente e cortante”. O crime ocorreu em 2012.
Só Notícias apurou, conforme a denúncia, Joarlison e o suspeito estavam em um bar, quando a vítima começou a conversar com a atendente, o que teria desagradado o réu. De acordo com essa versão, o acusado ainda teria tentado sair do local sem pagar a conta, quando “Joca” teria tentado intervir para que quitasse o débito.
“Da negociação ficou combinado que (o réu) retornaria ao bar na manhã seguinte para quitar o débito. Após ver-se livre temporariamente da quitação do débito, o acusado saiu do bar. Porém, desgostoso com o ocorrido, voltou instantes depois, chamando por “Joca”. Ambos ficaram por pouco tempo a conversar do lado de fora do estabelecimento. Então saíram juntos, sem que o proprietário do bar e sua auxiliar percebessem qual direção haviam tomado”, consta na denúncia.
Segundo o Ministério Público, o réu, “de forma dissimulada, atraiu a vítima para uma verdadeira armadilha, pois levou-o para local ermo, no meio da plantação de soja, situada a aproximadamente 400 metros do bar. Com a intenção de matar “Joca”, golpeou-o com instrumento contundente e cortante, causando-lhe uma ferida contusa na cabeça – traumatismo crânio encefálico, o que ocasionou-lhe a morte. Destarte, causou também um ferimento incisivo no abdome, causando evisceração”.
A Justiça de Tapurah decidiu que o suspeito deveria ser levado a júri popular por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A defesa recorreu ao Tribunal de Justiça, mas a decisão foi mantida. Ainda cabe recurso.
O corpo de Joarlison foi encontrado no dia 11 de dezembro de 2012, em uma fazenda no Distrito de Eldorado. Pelo estado, estaria no local há quase dois dias. Segundo a polícia, havia informações de que um funcionário da algodoeira da cidade estava desaparecido. Em visita ao alojamanto da empresa, os policiais encontraram os documentos da vítima.