Foi inaugurado hoje pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso o Centro de Memória do Poder Judiciário Desembargador Ângelo Francisco Ramos. A solenidade contou com a presença da presidente do tribunal, desembargadora Clarice Claudino da Silva. A unidade está instalada no prédio onde funcionou o antigo Palácio da Justiça, entre os anos de 1943 e 1974. O prédio é tombado como patrimônio histórico e cultural do Estado e está localizado na avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá. Um dos itens em exposição é o processo de desapropriação da área destinada à construção do estádio Governador José Fragelli, o Verdão, onde atualmente fica na Arena Pantanal.
Além de preservar a memória dos personagens da Justiça mato-grossense e suas contribuições para a sociedade, o centro visa fortalecer a identidade institucional do Poder Judiciário, fomentando a cultura jurídica por meio de exposições, pesquisas e atividades educativas, detalhou o tribunal através da assessoria.
O presidente do TJMT destacou a importância histórica do prédio, que abrigou diversos órgãos públicos e ainda preserva o piso de tacos de madeira e cerâmica vermelha, e os janelões e portas de ferro, da época da construção em 1940. “Nada melhor do que escolher esse espaço para abrigar a nossa memória. Aqui muitas histórias, muitos documentos valiosíssimos de cunho histórico e é uma maneira de prestigiar os nossos antepassados, marcar os 150 anos do Tribunal e também fazer um resgate à memória de homens e mulheres que construíram tudo o que hoje podemos ostentar do Judiciário mato -grossense. Um povo que não tem memória, não tem vida. É por isso que preservamos e ficamos felizes em mostrar cada pedacinho do nosso Poder Judiciário. Abriremos para visitação pública futuramente”, afirmou a desembargadora.
A servidora Rejane Pinheiro Andrade, membro da Comissão de Gestão de Memória, foi responsável pela organização do acervo do Centro de Memória Desembargador Ângelo Francisco Ramos. Ela leu todos os documentos, livros, atas e trabalhou na restauração de documentos e objetos históricos.
Ela conta que o acervo do Centro de Memória possui processos de 1870 e alguns papéis com dados anteriores à própria criação do Tribunal da Relação. “O Centro expõe documentos e processos considerados de maior relevância e três salas de exposição complementares com itens de uso pessoal dos desembargadores, equipamentos que mostram a evolução tecnológica do trabalho no Poder Judiciário de Mato Grosso”, explicou a servidora.
A proposição para a criação do Centro de Memória que homenageia o primeiro desembargador do Poder Judiciário de Mato Grosso, Ângelo Francisco Ramos, foi da própria presidente, desembargadora Clarice Claudino da Silva, e foi aprovada por unanimidade, em setembro de 2023, como parte comemorações pelos 150 anos do TJMT.
Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.