PUBLICIDADE

Tribunal anula absolvição de acusado de assassinar e ocultar cadáver de adolescente em Colíder

PUBLICIDADE

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por meio da Terceira Câmara Criminal, julgou procedente recurso interposto pelo Ministério Público Estadual e anulou a sentença que absolveu José Segalla Júnior da acusação de assassinato e ocultação de cadáver da jovem Suzani de Souza Gonçalves, em Colíder. Os desembargadores acolheram a tese defendida pela Promotoria de Justiça de que a decisão do Conselho de Sentença contrariou as provas colhidas nos autos e determinou a realização de um novo julgamento.

“Diante da robustez probatória, tenho como certo que o livre convencimento do Conselho de Sentença se deu em total dissonância em relação à prova colhida nos autos, pois apesar de as decisões do Tribunal do Júri respaldarem no livre convencimento dos jurados, dispensando maiores digressões técnicas sobre a matéria, a existência de um suporte probatório mínimo é indispensável”, ressaltou o desembargador relator, Juvenal Pereira da Silva.

Para a promotora de Justiça Ana Carolina Fernandes, a realização de um novo julgamento atende aos anseios da sociedade local, que clama por justiça. Segundo ela, existem fortes indícios de autoria contra o acusado. “Em verdade, o que se escancara das provas produzidas, é que o denunciado, depois de ingerir bebidas alcoólicas junto com a vítima Suzani, levou esta para local afastado, se deslocando para a área rural desta cidade, parando seu veículo próximo à fazenda conhecida como “Abacaxi Quebrado”. Em seguida, estuprou a vítima, matou-a e ocultou seu cadáver em um morro de calcário existente nas proximidades”.

Entre as provas apresentadas nos autos, conforme a promotora de Justiça, estão o depoimento de amigas da vítima que a viram pela última vez com vida na companhia no réu; declarações de um colega de trabalho do acusado confirmando que o mesmo teria dito que havia se dirigido à zona rural com a vítima; e o depoimento de uma terceira pessoa que viu o veículo uno conduzido pelo acusado parado ao lado da estrada que dá acesso ao local em que os restos mortais da vítima foram encontrados.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima saiu de casa no dia 8 de janeiro de 2012, às 19h30, dizendo para a mãe que ia comer um lanche. Durante o trajeto, a adolescente foi abordada pelo denunciado, a quem não conhecia, que na ocasião estava conduzindo um veículo uno, de cor vermelha, com adesivos de identificação da Usina Hidrelétrica de Nova Canaã do Norte, local onde o mesmo trabalhava à época.

Segundo o Ministério Público, por volta das 23 horas, o acusado foi visto nas proximidades da Fazenda Abacaxi Quebrado, na zona rural do município, e após servir bebida alcoólica à vítima, e ante a negativa desta, à prática de ato sexual, o denunciado a constrangeu, mediante violência ou grave ameaça, à prática de conjunção carnal ou outro libidinoso.

“A fim de ocultar o crime de estupro, o denunciado ceifou a vida da vítima e não contente ainda ocultou o cadáver, enterrando-o parcialmente despido, num monte de calcário existente na estrada planalto”, diz a promotora de Justiça. O corpo da jovem só foi encontrado 69 dias depois, no dia 16 de março. 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Carro tomba após colisão com outro em Sinop

O acidente envolvendo o Renault Logan e o VW...

Terminam domingo inscrições de seletivo de estágio do Poder Judiciário em Mato Grosso

Inscrições do processo seletivo de estágio do Poder Judiciário...

Supermercados Machado inaugura sua primeira loja em Sorriso

Sorriso ganhou, nesta terça-feira, (10) um novo marco...
PUBLICIDADE